quinta-feira, 18 de dezembro de 2008


Quero desejar a todos(as) um bom natal e um feliz ano novo com os Mais :)

Sobrevivendo...


Pergunto ao tempo
Se vale a pena continuar...
Se vale a pena seguir...

Se vale a pena superar...

Mas o tempo não me responde,
Não tenciona responder...
E sinceramente, também não quero saber...

A verdade é dolorosa,
Difícil de se entender...
E meio mundo ajuda
A não me perder...

Mas, no fundo,
A questão permanece,
Como campista que decidiu ficar,
E com tanto tempo pela frente
Como hei-de eu acalmar???

É demasiado duro...

Dizem que não,
Que entendem o sofrimento,
O aperto do coração...
Mas não...

Porque só quem vive a sua situação,
Sabe a sua desilusão...

Sobreviver...
É isso que eu peço
E que tento vencer...

Que tento conquistar
Sem o medo a apodrecer
O meu pobre espírito
Que não sabe o que há-de saber!

É sempre a ilusão que há-de permanecer,
Porque na realidade
A verdade não se sabe manter....

E pergunto-me: de que adianta???
A ilusão mantém-nos felizes
E magoa-nos uma vez por festa,
Mas quando regressa
Tudo se torna tão belo e acolhedor
Que, enfim... Fica esquecida a dor...

No final, talvez valha a pena despertar...

Mas, por enquanto,
Talvez queira sonhar,
Fechar os olhos e recordar
Os momentos de ilusão,
De nostalgia e de emoção,
Que mantêm viva
Uma chama no meio da escuridão...

Uma chama no meio da escuridão...


JMF*10

Palavras...


As palavras... O que serão as palavras se não meros jogos de letras, combinadas com 1001 funções?

Palavras... Palavras que magoam; palavras que iludem; palavras que nos atraiçoam; palavras que nos unem...

Palavras duras e frias; palavras cheias e vazias...

Eu vivo de palavras... Guardo cada uma no pensamento e descodifico o seu significado com o coração... E, quando dou conta, muitas vezes, vem a voz da razão, levanta-me a sua mão e grita-me: Essa era a palavra TRAIÇÃO!

Palavras... Palavras de ilusão, que nos fazem rir e acabam por nos fazer chorar...

Palavras que nos fazem ir e prendem-nos, não nos deixando regressar...

Palavras que nos consomem por dentro e por fora nos conseguem arruinar...

Os outros dão-me as palavras que eu, mais tarde, irei recordar, irei trabalhar, irei transformar... Transformo-as num poema ou numa frase que a vida pode mudar...

Há palavras que são um punhal que nos trespassam com crueldade, nos amaldiçoam e nos matam com a verdade...

Há palavras que são um cristal, que nos envolvem com a ilusão de que as podemos agarrar e com elas ficar...

Há palavras que são a bofetada que precisávamos de levar para a realidade acordar...

Nada adianta sem palavras... Sem elas não falamos, com elas disputamos...

De que adianta palavrear?

Tento descobrir as verdadeiras palavras, aquelas que não iludem, e que acabam por o seu lado negro desvendar... Mas cada vez é mais difícil... E mais difícil se vai tornar...

Palavras... Palavras que aqui deixo... Para pensar ou ignorar... Para fazer rir ou chorar... Para iludir ou para sonhar...
JMF*10
Suprime-se o pensamento
com receio de acabar,
o silêncio é constrangimento
e priva-nos de avançar.
É um grande tormento,
tudo parece terminar,
cada vez mais desalento
e vontade de chorar.
Que nos destrói por dentro
acabando por eliminar,
proporcionando lamento
que aparenta apagar.
Mas o descontentamento
teima em ficar,
provocando detrimento…

* Marta Fernandes* Nº23
Olhava em volta, mas não conseguia ver a realidade. Estava num mundo de mentira, que fazia de mim alguém que nunca quis ser. Vivia na ilusão, pois desejava alcançar a felicidade. Realizei diversas tentativas, todas elas falhadas e compreendi onde reinava o erro.
Percebi, então, o quão errada estava. Andava, não pelo meu próprio pé, mas guiada pela falsidade. Limitada, seguindo por onde ela me levava. Por caminhos traçados por ela, que me levavam a agir de forma desumana.
Pisar esse mundo, fez-me entender e conhecer a verdade. A verdade que a vida me mostrava, me apontava como certa e eu não queria aceitar. Limitava-me a aprovar tudo o que me era dito e imposto.
Caminho, agora, rumo a uma nova identidade, numa outra direcção, mais segura e livre, que não me prende a enganos. Que não me leva por caminhos de farsa. Nada me impede de seguir em frente, pois a verdade acompanha-me.


*Marta Fernandes* Nº 23
(a verdadeira)

Algo ficou...*


O tempo passa, tudo passa mas tu no meu pensamento continuas...
Rasguei tudo bem rasgado e meti ao relento para que o vento o pudesse levar. Mas aqueles momentos, aquele carinho, aquele amor é demasiado pesado (forte) para o vento levar assim.
Bem cá no fundo guardo tudo de bom e a vadiar pela minha mente continuam aquelas palavras de uma pessoa maguada.
Dizes que quando fazemos algo de bom ninguém valoriza mas que quando erramos ninguem esquece! As coisas não são bem assim... O que será que supera: a dor, o sofrimento ou o amor?
O passado nao pode ser apagado mas o presente esse sim pode começar agora e ter um novo fim...
Andreia Pereira Nº6

Amigos?!


Há vários tipos de amigos: amigos que o fingem ser pela frente mas por tras "estragam-nos a vida" (os amigos falsos) e os amigos verdadeiros que são raros.
Mas afinal o que é ser amigo?
Amigo é aquele que ajuda, valoriza, respeita, acredita sempre no outro, aceita-o como é, eleva o seu espirito, caminha sempre a seu lado, perdoa os erros, admira o outro num todo, ama-o por aquilo que é, diz a verdade quando precisa ouvi-la, grita se necessário quando não quer "ver" a realidade...
"Ser amigo é ser sincero, ser sempre ele próprio"
Andreia Pereira Nº6

De tudo um pouco

Há uma aldeia que fica situada no parque natural da Serra da Estrela chamada Trinta. Em redor dela tem 3 vizinhas aldeias que são: Videmonte, Meios e Corujeira.
Fica aproximadamente a 15 minutos da Guarda com 2 estradas de acesso à mesma. Mas contudo o que existe nos Trinta, para que é que precisamos da Guarda? Temos escola primária e infantário, posto médico, farmácia, correios, padaria, banco, 7 cafés (algumas aldeias só tem um), mercearias, bombas de gasolina e praça de táxis. Existem tambem 4 fábricas, 3 delas ainda em funcionameto onde nelas se fabrica cobertores, mantas e produção de fio. Na parte religiosa temos uma igreja e 3 capelas uma com recinto para festas.
Para verem como a aldeia é grande esxistem cá duas avenidas e o nº de habitantes é de aproximadamente 800. Há pouco tempo nasceu cá uma quinta ecológica, a Quinta Dionisío, fica situada junto ao rio Mondego na parte Norte da aldeia. O nome que baptizaram a aldeia foi porque no principio, viviam cá 30 homens, 30 mulheres, cada casal com 30 filhos e havia 30 casas.
A aldeia é conhecida pela "aldeia da industria têxtil e da luz" porque foi uma das primeiras povoações a ter luz eléctrica em Portugal e foi os Trinta que deu a luz à Guarda.

Despeso-me lembrando que o nome é Trinta e não 30, desejando a todos,mesmo aos tolos, um feliz natal e o 2009 melhor do que o 2008.
P.S. O 2009 não pode ser muito muito bom porque se não pro ano já é dificil que o 2010 seja melhor que o 2009.

Adeus Turma e Professores, até pro ano (já não conto vir cá este ano).

Bruno Dionisío (é o nome da Quinta!!) Nº8 11ºC

Amor é fogo que arde sem se ver



"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?"

Luís de Camões

Este é um dos poemas de camões que mais gosto "o amor é fogo que arde sem se ver".
Este soneto é uma definição poética do amor. Como se Camões quisesse definir este sentimento indefinivel e explicar o inexplicavel, inventando imensos contrastes para caractrizar este "mistério".
O poeta parece chegar a uma conclusão, expressa pela interrogação no último terceto.
A forma do soneto bem corresponde ao tema do poema.
Podemos dizer que à primeira vista é um jogo renascentista, mas depois descobrimos o sentido profundo do poema. E nisso encontramos a arte do autor nesta capacidade de tomar de leve (como se fosse jogo) um tema que nos faz pensar profundamente em problemas psicológicos bastante complicados.


Andreia Pereira
Nº 6

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Para ti Vida

Sento-me à secretária. Os cadernos diários e os livros escolares cansam-me o olhar, já é tarde, quero descansar. Pego em papel e caneta para te escrever um verso, uma poesia talvez. Será que consigo? Será que a lês?
A noite traz-me à lembrança tantas noites passadas, quando me davas a mão e me ensinavas a sonhar.... é bom recordar!
Tenho que escrever, passar para o papel tudo o que sinto cá dentro...luto contra o tempo, estou cansado...
Quero escrever-te um verso, uma poesia, um texto qualquer. Quero dizer-te que sou jovem e tenho sede de viver!
Oh vida!
Vida passada
Presente
Futura...
Não me canses os olhos, ajuda-me a sonhar, como outrora fazias.
Ensina-me a voar, como me prometias...
Não me canses os olhos, ensina-me a caminhar.
Sou jovem
Sou Vida
Estou a despertar.

João Rodrigues Nº. 17 11ºC

tudo o que me deste...

Já é noite, estou a passar sobre o Douro e a brisa marítima passa pelo meu rosto e acaricia-o como se da tua mão se tratasse. As marés batem na rocha mas é como se fossem leves beijos… E vejo a Invicta iluminada, repleta de pontinhos alaranjados que iluminam aquela noite escura como breu e iluminam a minha alma…
Em cada pontinho luminoso está um sorriso teu, aquele sorriso que me impedia de ter uma discussão contigo que só me apetecia era passar os meus lábios por ele…
Sinto que durante todo o dia estive perto de ti, que o comboio passou por todos aqueles lugares que tu pisas todos os dias, aqueles lugares banais… Para mim não!! Para mim, foi como se momentos nossos se revelassem de novo, que emergiam do mais puro do meu ser e me pedissem para os contemplar.
Não me surgiram lágrimas nos olhos, pois não podia permitir que a minha visão se desfocasse e me impedisse de fotografar (como tu dirias) aquele lugar. Senti que uma parte de mim, talvez a mais perfeita, vivia ali mas que vagueava.
Tento perceber o porquê de naquele momento me ter sentido completa, o porquê de desejar que tudo tivesse resultado, que podíamos ter o mundo só para nós, que aquela cidade Iluminada podia ser nossa. Que neste momento tu estivesses ao meu lado e me desses o teu sorriso sem precisar de que as luzes mo mostrassem…
Descubro, agora, que há uma parte de mim que te procura incessantemente sem nunca parar e que precisa de te encontrar…
Acabei de deixar o Porto, acabei de deixar a melancolia, apenas não deixei de te amar, certo? Pelo menos a parte que te pertence…


ana eiras*
Vidas sem nexo

Acordamos e pensamos que é só mais um dia nos milhares que iremos viver, que teremos muito tempo para alterar ou remediar o nosso futuro, fazermos novas escolhas ou simplesmente pensarmos que podemos mudar o mundo, pois se também não somos nós quem será?
A nossa vida é uma monotonia, é a rotina a que a nossa sociedade se adaptou e que se tornou num ciclo vicioso que condiciona e impede que o homem estabeleça uma ordem neste processo. Somos vítimas da nossa própria invenção. São pequenos gestos que ao final, depois de contados, marcam e escrevem o nosso destino.
Normalmente, pude-se dizer que se estabelece uma rotina da casa para o trabalho e do trabalho para casa. Estas rotinas estabelecem-se desde que somos novos e prolongam-se até ao fim das nossas vidas. Quando somos novos, os nossos pais levam-nos para o infantário ou para a escola e depois estes vão para o trabalho; crescemos e ficamos independentes, somos adultos e agora é a nossa vez de ir trabalhar; quando temos filhos ocupamos o lugar deixado pelos nossos pais; e por fim, quando já temos idade para dixar de trabalhar, agora é nossa vez de ocuparmos o nosso tempo como os idosos que se sentam nos bancos do Vivaci a dormir. Trabalhamos, trabalhamos e trabalhamos em busca de um futuro melhor e é este o nosso objctivo. É esta a desculpa que nós damos á nossa consciência, quando esta nos pergunta porque não fazemos nada para combater a situação. É tão fácil quando desistimos e aceitamos as escolhas da sociedade e não as nossas próprias escolhas.
E esta situação arrastar-se-á talvez para sempre, mas até hoje sem nenhuma resolução à vista. Será que no nosso futuro haverá uma relação favorável com a nossa rotina ou teremos de partir para outro método?

Ana Carolina
Nº1

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

o que é o amor???

comecei para aqui a pensar como muita outra gente sobre o que será o amor...
fui até à net e a resposta foi a seguinte:

A palavra amor (do latim amore) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação.Fala-se do amor das mais diversas formas: amor físico, amor platônico, amor materno, amor a Deus, amor à vida. É o tipo de amor que tem relação com o caráter da própria pessoa e a motiva a amar (no sentido de querer bem e agir em prol).As muitas dificuldades que essa diversidade de termos oferece, em conjunto à suposta unidade de significado, ocorrem não só nos idiomas modernos, mas também no grego e no latim. O grego possui outras palavras para amor, cada qual denotando um sentido específico. No latim encontramos amor, dilectio, charitas, bem como Eros, quando se refere ao amor personificado numa deidade.Amar também tem o sentido de gostar muito, sendo assim possível amar qualquer ser vivo ou objeto.

nao digo que isto tudo nao seja verdade...mas onde está a parte do interesse???porque por aqilo que hoje se ve é o que mais conta na sociedade actual...o dinheiro, a fama, o poder, onde de pode chegar com o casamento???é claro que felizmente ainda casam por amor...

mas pa que lado tenderá a balança???

Marta
Nº23
Olho em redor, percebo que a paisagem que observo e que me consegue envolver tem sempre a marca do Homem.
Mesmo o lugar mais longínquo que o meu olhar consegue alcançar tem a sua marca, nem que seja uma ventoinha eólica. O facto, é que o Homem tem necessidade de fazer o mundo “á sua medida”, de ajustá-lo a si. Tem ainda maior necessidade de se tornar importante para tudo aquilo que o rodeia,
Por isso, talvez todos nós tenhamos essa necessidade, de não passarmos despercebidos na vida dos outros.
Precisamos de marcar a vida daqueles que nos rodeiam, de deixar a nossa “rubrica”. No entanto, ás vezes, essa necessidade prende-nos á pessoa, não nos deixando espaço para deixar os outros entrarem… Tantas são as vezes em que é preferível não investirmos tanto numa só pessoa, mas sim sermos do mundo.
O melhor é não ambicionarmos marcar o mundo, nem querermos ajustá-lo á nossa maneiira mas sim deixarmos que ele nos marque, que ele provoque mudanças em nós e nos molde á sua forma, pois afinal a Natureza é que é perfeita e não nós.
Por isso, deixemos que seja ela a traçar os seus caminhos em nós e não o contrário!!!!


ana eiras
Olho em redor, percebo que a paisagem que observo e que me consegue envolver tem sempre a marca do Homem.
Mesmo o lugar mais longínquo que o meu olhar consegue alcançar tem a sua marca, nem que seja uma ventoinha eólica. O facto, é que o Homem tem necessidade de fazer o mundo “á sua medida”, de ajustá-lo a si. Tem ainda maior necessidade de se tornar importante para tudo aquilo que o rodeia,
Por isso, talvez todos nós tenhamos essa necessidade, de não passarmos despercebidos na vida dos outros.
Precisamos de marcar a vida daqueles que nos rodeiam, de deixar a nossa “rubrica”. No entanto, ás vezes, essa necessidade prende-nos á pessoa, não nos deixando espaço para deixar os outros entrarem… Tantas são as vezes em que é preferível não investirmos tanto numa só pessoa, mas sim sermos do mundo.
O melhor é não ambicionarmos marcar o mundo, nem querermos ajustá-lo á nossa maneiira mas sim deixarmos que ele nos marque, que ele provoque mudanças em nós e nos molde á sua forma, pois afinal a Natureza é que é perfeita e não nós.
Por isso, deixemos que seja ela a traçar os seus caminhos em nós e não o contrário!!!!

e tudo o tempo levou...ou trouxe...=)

O tempo passou e chegou ao mesmo tempo... Ou seja, passou porque levou uma história, levou as gargalhadas, os choros, as discussões, as experiências, levou aquilo que nos construía...
No entanto, chegou o tempo que trouxe o fim.. que trouxe a renúncia a uma possível reconciliação...
Porém, esse não que o tempo trouxe, também pode ter trazido "sims" inerentes. Sim a novas experiências, sim a novos momentos, sim a uma nova vida.
Olho pela janela e vejo montes, montanhas que estão cheios de mistérios... Sim, aqueles montes que prometemos atravessar juntas, aqueles horizontes que eram o nosso infinito...
E hoje? Com quem vamos atravessar esses momentos? Com quem vamos descobrir essas quimeras? Sim... talvez fossem meras ilusões...mas esses montes só seriam descobertos contigo, pois só assim teria sentido...como o mais provável é não o podermos fazer, nunca os descobriremos.
Contudo, esta angústia que morava numa parte de mim, não inibiu as outras de avaçarem...Essa parte perdeu-se mas não impediu que as outras se reencontrassem...
Deixarei as montanhas, mas formarei outros sonhos, pois talvez não tenha talento para escalar...

ana eiras*

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Lembrança

Esquece-te de mim, mas não te esqueças do que passámos, do que rimos e do que chorámos. Do que dissemos e não dissemos, mas pensámos. Dos sonhos, planos, desejos. Lembra-te de tudo aquilo que eu te dou e tu não vês, quando não estás. Pior que perder um amor, é perder uma grande amizade. E eu, não pretendo perder nem um nem o outro. Dizem que não se pode ter tudo, mas isso não cabe aos outros avaliar. Cabe-nos a nós evitar. Não temos tudo pra ser felizes (infelizmente) mas temos o essencial pra vivermos o que sentimos (mesmo que secretamente). Engana-te a ti, a mim, a quem quiseres, mas não enganes o coração, que esse coitado é o mais fraco de todos nós.


SEMPRE O FOI.

Liliana Almeida

O endividamento dos portugueses

A Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores (DECO) lança um alerta: " Consuma com moderação, o que conta é a intenção."(...)"Estamos a apelar a um consumo responsável pois o endividamento dos portugueses não tem parado de crescer".
in "Público" 11 de Dezembro de 2007

As pessoas têm de poupar para não se endividarem. Na época natalícia é normal que o consumismo e " a euforia das compras" suba consideravelmente mas é preciso ter em conta os limites que não se devem ultrapassar. As pessoas não têm consciência disso? Ainda mal.
Porquê? As baixas taxas de juros praticadas ao longo das duas últimas décadas, aproximadamente, criaram nos consumidores portugueses a falsa ideia de que o crédito ao consumo é uma solução sem efeitos secundários.
O resultado está à vista: « (...) o endividamento dos portugueses não tem parado de crescer». Assim, a pratica do "Compre agora e pague nos próximos anos!" instalou-se de modo definitivo. As suas consequências começam a fazer-se sentir de forma particularmente acutilante num elevado número de famílias. Qual é, afinal, o motivo deste endividamento?
O pano de fundo é a época natilicia que convida as pessoas a gastarem o dinheiro em prendas, que dão e recebem, numa euforia consumista, cujo excesso vai desde o conteúdo do presente até ao embrulho, por vezes, mais valorizado do que a própria prenda. Nos dias seguintes à quadra natalícia, vemos as pistas desses excessos: os contentores de lixo das nossas ruas transbordam de papéis, caixas, caixotes. E como a nossa sociedade é caracterizada pelo consumismo e materialismo, não se olha para trás e gasta-se "como a gente quer", ou seja, havendo liquidez, gasta-se o que se tem; não havendo, gasta-se o que não se tem. Como?
Recorrendo ao crédito, até o consumidor se aperceber que as prestações começam a ser cobradas, uma atrás da outra, pelas empresas credoras.
A expressão capitalismo ou mercado livre é "usar e deitar fora", quer dizer, desperdício de dinheiro e bens que podem ainda ser utilizados.
O "marketing" fomenta a crise financeira, conduzindo à diminuição do poder de compra dos consumidores. A publicidade acompanhada de ofertas fictícias e enganadoras promessas é uma arma perfeita para tentar as pessoas levando-as ao acumulamento de dívidas, rumo à bancarrota, ao abismo económico financeiro. Não se pode acreditar no que o "marketing" anuncia; não se pode apostar no jogo da estratégia comercial; não se pode esbanjar rios de dinheiro em objectos inúteis no nosso quotidiano. Todavia os portugueses continuam a cair no perfurme da publicidade tentadora.
Que soluções?
Chegou o momento de reflectir sobre o materialismo actual e descobrir novos valores que deixarão marcas na vida daqueles que prezamos. O impulso consumista dá uma satisfação momentânea. A médio e a longo prazo traz sempre consequências nefastas! Evitá-las é prioritário! Urgente é resistir às estratégias comerciais! Pratiquemos um consumo responsável, e façamos uma boa gestão financeira! São factores básicos para travar os elevados números que a DECO apresenta .
Reflictemos antes de comprar para gerir o nosso futuro e o das próximas gerações!

Jorge Rodrigues Saraiva nº18 11ºC



quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Amor ou amizade

Pergunto-me muitas vezes , a diferença que ha entre amor e uma amizade, a resposta que tiro e concluo que sera a maior verdade...
O Amor é mais sensível, a Amizade mais segura.
O Amor dá nos asas, a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho, na Amizade compreensão.
O Amor é plantado com carinho e pode crescer ou nao , a Amizade vem faceira, e com troca de alegria e tristeza, torna-se uma grande companheira.
Mas quando o Amor é sincero ele vem com um grande amigo, e quando a Amizade é concreta,ela é pura.
Quando se tem um amigou uma grande paixão, ambos sentimentos coexistem...
Mas ambos nos trazem sofirmento...
Afinal em que ficamos...

Preferem um grande amor, ou uma grande amizade?

Aguardo respostas ;)

Liliana

Vontade de ser feliz

Ser Feliz...

a vontade de ser feliz, é o que me prende a estes dias que me escorrem por entre os dedos, tal como areia apertada entre mãos, esta vontade é o que me deixa viva, para procurar num novo dia o que não encontrei no dia que passou...
esta esperança de ser feliz é o que me faz aceitar o mal que me fazem, conscientemente, sabendo que haverá o dia em que o arrependimento e a dor será brutal, e não será em mim, pois eu jogo limpo, sempre.
Umas vezes perco por ser assim, como agora, outras vezes ganho, como tudo. E o que ganho por ser assim, compensa largamente o que perco, ou entao nao, depende. Ganho pois fico de consciência limpa e leve, consciência do que sou e do que quero. Consciência de que não posso ter tudo o que quero porque a vida é mesmo assim, por vezes injusta outras vezes porque mereço.!
A verdade é que os problemas não deixam de existir pelo simples facto de os ignorarmos...temos que os enfrentar, choramos tantas vezes por relações que nao dão, por mal entendidos com amigas, por isto ou aquilo, para qué? Afinal o que muda por chorarmos?
Somos tão novos para pensar que a vida é tao ma para nos, para sofrermos ja tanto.!
A felecidade ha'de chegar, basta nós marcarmos uma data :)

Beijinhos e este texto vai servir p'ra muitas gente daqi ^^

Stephanie* (Estefânia)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O Espelho...


"Olhei. Fiquei parada em frente àquele espelho.

Era algo de assombroso e assustador.

Vi aquele reflexo. O reflexo de alguém que não era eu.

Perguntei a mim mesma: Quem é aquele ser??? Jamais me irei esquecer daquele reflexo... Triste. Medonho. Escondido.

Fugia talvez de algo. Talvez perseguisse outro alguém. Talvez...

Talvez fosse um fantasma. Uma sombra do passado. Ou a nuvem negra do presente.

Vi ,naquele reflexo, a escuridão ilusória. A tristeza de uma história. A voz calada da eterna canção.

Apercebi-me que... a verdade doía mais do que parecia... o ser magoa a aparência... Ou não será assim?

Os meus braços pendiam como dois pêndulos parados. Os meus olhos estavam vazios como se estivessem à espera de uma alegria que os pudesse encher. O meu sorriso era tão vago que até fazia chorar. Os meus joelhos cederam, rendendo-se a tal tristeza.

Fiquei em frente àquele espelho. Aquele espelho pregado naquela parede negra. Negra como breu.

E aquela figura fixava os olhos em mim, como se estivesse a troçar. Como se estivesse a gozar.

E, de repente, erqui-me com todas as minhas forças e cerrei o meu punho e, quebrei em mil pedaços aquele reflexo. "Basta!", gritei.

E ,desde esse dia, libertei o fantasma que havia em mim e deixei vir ao de cima o meu verdadeiro EU."


Para muitos olhar para o espelho pode ser a salvação. Para outros olhar para o espelho é quebrar a ilusão.
Vocês podem pensar: "Mais vale não olhar!". Mas a verdade é que, fugir do reflexo não é sinónimo de deixarmos de reflectir. Mais cedo ou mais tarde o espelho que há em cada um de nós nos poderá acudir...
Ou não será assim?
JMF*10

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

temos d mudar

agora que comecei a serio a gostar da ideia do blogue dou razao ao professor...isto ta praticamente parado...temos que colaborar mais...vamos la turma...olhem que quando se por aqui começa a escrever muito dificil é parar...

ah...aproveito pa recomendar "A cronica do rei pasmado" de Gonçalo Torrente Ballester, muito facil de ler e divertido =)*

carlitos

videmonte

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Cegos somos todos


Li-o em 3 ou 4 noites. Para quem conhece Saramago a escrita do Ensaio sobre a Cegueira é aquela mesma: densa, repetitiva, vozes e pensamentos a cruzarem-se, mais aquilo que poderia ser e não é, mais o que supostamente pensamos que é mas afinal não é.
A história não a vou contar. Mas imaginem que estão na escola e por uma epidemia inexplicável todos de repente ficamos cegos. E que por protecção da cidade e do país temos de ficar internados ali na escola para não pegar a doença aos outros. Já imaginaram as piores imundices e as maiores barbaridades? Já imaginaram do que seríamos capazes ao fim de várias semanas ou meses por fome, por desespero, por instinto de poder? Não imaginam, não. E quando aqueles que nos trazem de comer deixam de o fazer porque ficaram cegos também e todos os habitantes da cidade ficaram cegos?
Os olhos serão mesmo o garante da nossa civilização? Experimentem fechar os olhos ou pôr uma venda durante um dia. Não aguentávamos. Vem aí o filme. O livro já aí está. O perigo está aí. Cuidado.
Joaquim Igreja

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008


fico à espera que digam o que acham do boneco de neve, realizado pela juventude de videmonte...demorou cerca de 3horas a ser feito e contou com a participaçao de 8 rapazes(incluindo eu)...se alguem tiver um maior deixem-no por aqui...
comprimentos turma

guarda radio-memoria

ola turma...desta vez e tambem para variar um cadinho, n trago um tema reflexivo...n qero criticar o trabalho dos meus colegas, mas de vez em quando eh preciso variar um pouco n eh?!

axo q sim...

o que venho aqui mesmo fazer eh partilhar com voces a experiencia de participar no teatro "Guarda radio-memória" durante os dias 21,22e23 de Novembro, e que alguns de voces assistiram...
nao posso descrever o teatroi pois inda n o pude ver...
qero apenas dizer que é uma grande sensaçao participar num espectaculo destas dimensoes, mesmo com uma participaçao de 5minutos...so pude participar 2 dos 3 dias, mas ja foi uma boa experiencia, deu para ver melhor como funcionam as coisas da parte de tras da cortina...as contrapartidas foi como ja disse uma participaçao de 5 minutos, em 2 horas de espectaculo...o tempo em que nao podemos participar tivemos que estar em silencio maximo no camarim, aguardando a informaçao "rancho de videmonte, dirigasse para o palco"...i a meu ver o pior factor, foi todos os participantes necessitarem de ser maquilhados...foi o mesmo que me cortar um dedo...mas prontos, tirando misso estivemos bem acompanhados, pela tuna da guarda, qe mesmo em silencio se divertiam bastante, e tambem com as concertinas, que passaram as 2 horas a jogar as cartas, de resto havia quem estudasse(como eu por exemplo), qem fizesse na renda,ou quem durmisse...podemos dizer que fomos bem tratados em termos de alimentaçao i tudo isso...

mais nao sei que dizer, mas axo que foi uma excelente experiencia, i todos deveriam vivela....

para o professor Joaquim Igreja, sei que prometi escrever neste blog no dia 28de Novembro, mas como ja nao tinha internet foi impossivel....

peço desculpa por erros e abreviaturas, e espero que tenham desfrutado da neve da semana =)

comprimentos a todo(a)s....

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Pensamento...



A vida é como a noite... Contrasta com a luz e a escuridão, com a beleza e a imensidão, com o sonho e a ilusão...



JMF*10

sábado, 22 de novembro de 2008

As dificuldades no acesso ao mundo do trabalho

É verdade que a minha geração enfrentará sérias dificuldades para entrar no mercado do trabalho. As mudanças ocorridas ultimamente nesta área alteraram dois factores considerados imutáveis: o valor do grau académico no acesso ao mundo laboral e a possibilidade de um indivíduo ocupar o mesmo posto de trabalho durante toda a sua vida produtiva.
O desemprego aumenta e a elevada percentagem é de recém-licenciados na procura do primeiro emprego. Também os desempregados com formação académica têm agora de frequentar cursos de Formação para voltarem a inserir-se no mercado laboral. Os contratos de trabalho são, na maioria, temporários, e as vagas são cada vez mais escassas, o que diminui as hipóteses de candidatura dos jovens.
Há um elevado número de trabalhadores flutuando de tarefa em tarefa, sem estabilidade de vida, e desempregados que têm de se readaptar às novas realidades.
O factor etário é de extrema importância e aos 40 anos é-se novo para a reforma e velho para o trabalho. É este negro cenário que os jovens de hoje têm de enfrentar.
É uma luta árdua que só alguns vencem. Um exemplo bem claro é a quantidade de candidatos a uma só vaga. Tomo como referência, uma situação concreta que aconteceu recentemente em Moncorvo: o presidente da Autarquia local abriu uma vaga para um arquitecto... e foram apresentados duzentos candidatos a um só lugar! Isto demonstra bem a crise do emprego.
O problema torna-se ainda maior quando as escassas vagas são preenchidas por estrangeiros qualificados.
Que medidas adoptar no combate aos sinistros números do desemprego em Portugal? É, sem dúvida, ao Governo que compete a implementação de normas eficazes a curto e médio prazo para diminuir as estatísticas do desemprego e dar esperança aos jovens da minha geração, para construirem os seus sonhos no que respeita a um futuro profissional estável e bem sucedido.
Contra o desemprego vamos trabalhar! É o lema dos jovens e trabalhadores sem estabilidade.
Será que o Governo escuta estas palavras?
Nunca pior auditório , parafraseando o Padre António Vieira.

Jorge Saraiva
11ºC nº18

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Viver o sonho

A vida é um sonho. Tem principio, meio e fim. Cada sonho vai-se construindo ao longo do tempo, a nossa personalidade constrói-se e vamos sabendo quem somos, vamos conhecendo-nos a nós próprios pouco a pouco.
Sonhar nunca fez mal a ninguém, muito pelo contrário, pois sonhar é aquilo que nos mantém acordados.
Quem sonha acordado nunca adormece.
Por vezes dizemos que só as crianças sonham, que só elas têm um mundo perfeito que as rodeia e que só as crianças são felizes porque ainda não aprenderam a reflectir. É mentira! Ao contrário do que todos julgam, um sonho não é característico de uma criança, é característico de toda a vida humana, de todos nós, incluindo adultos. Pergunto: há alguém que não sonhe? E respondo: NÃO! Sonhar mantém-nos vivos, acordados e não nos deixa adormecer com falta de imaginação.
Quem sonha acordado nunca adormece.
Viver um sonho é como viver no próprio mundo interior, e como a própria palavra indica, um sonho é uma ilusão, algo que nós criámos na nossa cabeça, como pensar que o mundo gira à nossa volta, acreditar que os outros vivem em nossa função ou que este mundo é perfeito! Mas basta nós acreditarmos que tudo é verdade, e tudo se torna tão simples e tão verdadeiro, nem que seja só para nos fazer um pouco mais felizes!
Quem sonha acordado nunca adormece.
O que aconteceria se não existissem os sonhos? Que seria de nós, os navegadores do sonho? A vida seria a mesma sem estas ilusões?

Deixo estas questões em aberto para quem quiser reflectir um pouco! =D

Marta Costa nº22 11ºC

sábado, 11 de outubro de 2008

A Piramide




Tantos dias radiantes, cheios de sol que passei a construir a maior pirâmide alguma vez vista. Não planeei construi-la, apenas aconteceu, mesmo assim tinha sido uma ideia que me deixava feliz, realizada, tinha sido uma ideia que agora estava a ser concretizada e que fazia parte de mim. não vivia sem aquela construção, não vivia sem a completar a cada dia que passava...

Os dias radiantes e cheios de sol pararam, a chuva reinou durante alguns segundos, não foi muito tempo, mas chegou para destruir grande parte do que tinha construído, com ela chegou o vento, juntando-se a toda aquela destruição e levando consigo toda a confiança adquirida ao longo dos dias de sol.
De um momento para o outro, a força gasta a carregar cada pedra, o suor perdido em todos os planos, os sorrisos feitos ao olhar a pirâmide no por-do-sol, as lágrimas de felicidade, os gritos de dor, as pausas de tanto cansaço, as birras por não ter conseguido alcançar tanto quanto desejei, o tempo dedicado aos pormenores, os sonhos provenientes de esperanças, as expectativas de cada momento, os pulos de contentamento, as falas comigo própria, os escaldões que incharam a minha pele, as feridas nos pés, os esforços, os medos, os calos nas mãos e por fim o orgulho de tudo aquilo foram destruídos por um instante.
O perfeito passou a arruinado num segundo inconstante. Senti que a minha vida havia sido levada pela corrente junto de toda a areia e de todas as pedras que carreguei.
Senti-me a esvaziar, senti-me confusa, sem objectivos, sem mim.

Os dias de sol regressaram e aproveitei outras rochas trazidas pela chuva para construir a pirâmide de novo, talvez sabendo que segundos de vento e gotas de água voltariam a aparecer mas consciente de que a minha vida era muito menos sem ela...

(Todos os dias acartamos pedras e construimos a nossa pirâmide, continuamos com expectativas ate chegar um dia de Diluvio... Quanto mais forte e resistente for a pirâmide mais difícil será de destruir, portanto o esforço, planos e entusiasmo diário nunca são desnecessários e se um dia a pirâmide cair, um esconderijo isolado será aliciante, mas a mente humana necessita sempre de uma ocupação e esta não desiste de construir a sua própria historia)

Inês Corveira
11ºC - nº13

sábado, 4 de outubro de 2008

Tempo... Um mistério por desvendar...

Era uma menina. Pequena, pequenina.
Estava, sossegada, a olhar o mar. Os seus olhos brilhavam, sob a luz quente daquele magnífico pôr-do-sol.
O dia ia-se escondendo, tímido e pacato, como quem não quer dar nas vistas.
A noite ia surgindo, calmamente.
Aquela menina, pequena, pequenina, era uma doce estrela, um meigo anjo, que ia reaparecendo, levemente, com o luar, que iluminava toda a escuridão que tentava surgir.
Pessoalmente, não a queria incomodar. Sentei-me no areal, fino e ameno. A brisa fazia bailar os meus cabelos. E os da menina, também.
Aquele era o sítio ideal. Ideal para pensar, para reflectir... Para navegar e revoltear as páginas adormecidas da vida.
Aquele silêncio acolhedor. Um grito mudo e ensurdecedor que ecoava no meu peito, que queimava a minha alma e reacendia o meu ser.
Mirei aquela menina, pequena, pequenina. Não sabia porquê, mas aquele ser, inocente e inofensivo, despertava em mim um EU adormecido.
Deitei-me.
Desisti de tentar encontrar a resposta para um turbilhão de questões, para um milhão de emoções, para uma infinidade de sensações.
Fechei os olhos e abri o meu coração. A brisa, o som das ondas a ir e a voltar, o vento suave a assobiar, a imagem daquela menina a olhar o mar...
Senti-me vazia. E, ao mesmo tempo, cheia. Vazia de um nada infinito, de um tudo eterno... Cheia de recordações enfraquecidas pela voz do esquecimento, pela mágoa do pensamento.
O tempo percorria em direcção ao futuro, deixando para trás o passado e, presenciando o presente. Voava, levando consigo todas as horas, todos os minutos, todos os segundos que eu queria agarrar e guardar num cantinho do meu cofrezinho de emoção. Esses pedacinhos que iam sem voltar, que tentavam arrancar-me os momentos que preenchem a vida e exploram o mais profundo de cada um de nós.
Levantei-me. Um arrepio percorrera a minha pele, fizera vacilar o meu espírito.
Olhei em redor. A menina, pequena, pequenina, abalara. Só a noite ficara. A lua e as suas estrelinhas. A imensidão do mar e a escuridão iluminada. O eco da solidão e o rasto da saudade.
Um pedaço da minha vida que o tempo tinha levado.
JMF*10

Os Peixinhos no Oceano

Passa-se algo estranho com os Portugueses. E não me estou a referir a nenhuma crise de identidade, financeira ou de valores, nem tão-pouco ao tão aclamado pessimismo que parece caracterizar os nossos conterrâneos. Falo, sim, de algo de que me apercebi há já algum tempo, mas a que nunca prestei muita atenção: a falta de interesse dos jovens relativamente ao seu país.
Um exemplo: se perguntarmos a um adolescente quem são os candidatos à presidência dos Estados Unidos, há grandes probabilidades de os ouvirmos responder, com maior ou menor convicção, Obama e McCain. Contudo, se indagarmos quem são os líderes dos partidos portugueses, poderemos obter respostas balbuciadas e vacilantes, algumas erradas ou incompletas, ou até mesmo não obter nenhuma. Pior ainda, poderíamos ouvir algo como não me interesso por política, isso é para velhos ou não tenho idade para votar.
O problema é que o facto de se ter menos de 18 anos não deveria ser um impedimento à nossa condição de cidadãos consciencializados, mesmo que não tenhamos responsabilidades civis nem que não sejamos considerados adultos. Afinal, mais cedo ou mais tarde, atingiremos a maioridade. Então, como irá ser? Assim que atingirmos a idade mágica, passaremos a saber tudo sobre a sociedade, economia, política e outros assuntos do país e do mundo? Se com a maioridade vem um pacote de conhecimentos desse género, por que razão andamos na escola, sendo ensinados a raciocinar e argumentar? Para passar o tempo? Não me parece e admito que não é uma perspectiva lá muito animadora.
O que nem todos os adolescentes compreendem é que estamos a crescer para, um dia mais tarde, sermos adultos e tentarmos influenciar o país em que nascemos, senão mesmo o mundo em que vivemos. E, se não começarmos a preparar a nossa entrada na vida adulta, agora que estamos tão perto, seremos esmagados pelos vários problemas da vida, sejam eles o mercado de trabalho, a maternidade/paternidade ou a entrada na universidade. Isto, sem falar naquelas questões mais abrangentes, relacionadas com a vida em sociedade.
O tempo urge (sim, são capazes de dizer que o tempo não passa depressa?) e nós ainda somos como peixinhos recém-nascidos na imensidão do oceano. Temos, portanto, de arranjar o máximo de defesas possíveis, de escolher as armas mais eficazes. Só que, em vez de dentes afiados e barbatanas compridas, temos de desenvolver o nosso bem mais precioso: o intelecto. Só assim poderemos resistir aos tubarões da vida.

Maria João Pinto nº 20 11ºC

domingo, 7 de setembro de 2008

Medo de viver... Ou medo de acordar?


Abri aquelas páginas em branco
E não sabia o que sentir....
Olhei o mar brando
E não sabia no que reflectir...

Olhei para o luar
E comecei a sorrir...

A noite amena,
As estrelinhas tinham acabado de dormir
E, naquela noite serena,
Começaram a cintilar
E a iluminar
As almas que não sabiam por onde ir...

Deitei-me naquele chão frio,
Naquele terraço iluminado,
E comecei a pensar
Se era mais um sonho falsificado.

Fechei os olhos em vão,
Tinha medo da solidão,
Medo de acordar
Envolvida pela escuridão.

Medo... aquele medo que consegue invadir
O nosso pobre coração
E que se for preciso
O deixa despedaçado pelo chão...

Medo...
Medo de perder
E de não reconquistar...
Medo de adormecer
E de não acordar...
Medo de dar
E de não receber...
Medo de amar
E de sofrer...

O medo pode comandar a vida...
O medo pode manter-me perdida
Nas ruas da imensidão
Da vitória esquecida...

Medo...
Há quem tenha medo de lutar,
Medo de arriscar...
Medo de tentar...

Porquê?

Isso ainda é uma questão
Sem solução...
Ou talvez, nós saibamos a resposta
Mas tenhamos medo de a desvendar...

Vale a pena ter medo de viver?
Vale a pena ter medo de perder?
Vale a pena ter medo de ser?

Vivemos rodeados de medo,
Mas isso não é uma obrigação...
É uma opção...

Temos medo de nos dar a conhecer,
Medo das partidas que o mundo nos possa fazer,
Medo de temer...

Medo de uma ida sem voltar,
Medo de que a saudade possa chegar...

Mas, rodeados de medo
Como poderemos da vida desfrutar?



JMF*10

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O descanso... a acabar... =P

Mais um ano passou...


As férias começaram...
Bem, na realidade já estão a acabar
E as aulas já estão a chegar...
Saudades de estudar???
Hmmmm... deixem-me lá pensar...

Para ser sincera
Tantas férias
Já começam a chatear...

Ai ai... a vida...
Nunca estamos bem, nunca estamos satisfeitos...
Se tivesse aulas já andava a resmungar...
Estou de férias e resmungo na mesma...
E com a idade acho que esta rabugice começa a agravar...
Grave...
Mas durante o tempo de férias, já se sabe como é que é....
Uns vão para aqui, outros para acolá...
E o tempo vai passando
E os amigos estão por lá
E eu por cá...
Ou vice-versa... :p

As férias são óptimas se pensarmos bem...
Temos todo o tempo do mundo para fazer
O que bem nos apetecer...

Podemos observar o horizonte,
Sem ninguém para incomodar,
Sem tempo para apressar...

Podemos observar as estrelas a cintilar,
A lua a brilhar...

Temos todo o tempo para pensar...
Para dar uma volta aqui e além...
Para ir até à praia e observar o mar...
Para ler sem nada nem ninguém a incomodar...

E claro, para dar uma voltinha à matéria... :P

O tempo dá para tudo...
E esse tempo está a acabar...

Mas senão estudarmos
Quem é que nos pode ajudar
A erguer alicerces para construir
Um futuro melhor???

Pois é, há que fazer sacrifícios...
Mas uma recompensa pode sempre chegar...

Continuação de boas férias pessoal e... entrem com o pé direito no novo ano lectivo...
E nunca se esqueçam... As férias estão a acabar... Mas não tarda muito voltam a regressar...
Portem-se... bem ou mal... =)

JMF*10

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Momentos...

Há momentos em que fico a pensar...
Os segundos passam,
Os minutos voam,
As horas correm com medo de se atrasar...
Mas esses momentos durem o tempo que durar
São momentos que me podem aconchegar...

Sei que há erros que cometemos
E que nos fazem recuar..
Observar com atenção,
Para pudermos avançar!

Sei que há ondas ao longo da nossa vida
Que se fazem sentir no nosso mar...
Podem adormecer por instantes
Mas não é um sono que chegue para ficar!

Há pessoas que nos tocam sem nos tocar!

Não é preciso muito para as alcançar...
É preciso muito para as decifrar!

A alma vai escurecendo
Quando essas pessoas chegam e logo a seguir têm que abalar!
Nem sequer uma lembrança
Ou um abraço
Poderá ficar para mais tarde recordar...

A vida não pára,
Mas a alma pode recusar continuar!
Não são as lágrimas que a conseguem convencer...
Só um leve luar
Ou a luz do amanhecer!

A despedida chega sem se despedir...
E essas pessoas ficam e nós temos que fugir!

Não por que queremos
Mas porque temos que ir...
Não porque podemos
Mas porque devemos sair!

E nesses momentos em que me ponho a pensar
Tudo fica e tudo fica por ficar...

As pontes que unem os nossos mundos desabam...
E essas pessoas avançam noutra direcção
Para uma felicidade encontrar...
E eu fico feliz por elas
Mas também sinto uma lágrima a escapar!

Pois essas pessoas são as ondas que dão vida ao meu mar!

JMF*10

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Logicamente... sem sentido!

Todo o mundo vai girando
Num período de rotação
Demasiado avançado
Para o período de translação!

Roda tão depressa
Que nem sei por onde me agarrar...

O pretérito imperfeito
Aparenta ser mais do que perfeito,
E vai-se espalhando através do gerúndio
Até ao presente e futuro perfeito...

É difícil perceber
O significado indecifrável
Que é mais do que fácil compreender...

Quando tudo começa
Tudo pode acabar;
Sonhos, criações
Em Terra vão desabar!

Vagueando perdidos
À procura de soluções...
Mas quando damos por nós
Estamos numa rua de questões!

Contagem decrescente
Que cresce sem baixar
E como uma nascente
As lágrimas começam a desaguar...

Desaguam num rosto desprotegido
Onde um sorriso quer desaparecer
Procurando o sentido
Do porquê de viver...

Momento este
Em que tudo se escreve ficando por escrever
Momento de tantos outros
Que virão para este esquecer.

Não é fácil avançar,
Mais difícil saber lutar...

Mas agora pergunto:
De que adianta chorar?

A vida não é complicada,
É dificilmente facilitada!
Mas o que seria de nós
Sem um motivo para festejar
A barreira derrubada?

O sentido da vida
Não se deve procurar...
Podemos simplesmente
Deixarmo-nos levar
E descobrir...

Devemos sorrir...

Gritar se nos apetecer...
Gritos mudos
E ensurdecedores...

Fazer da vida o mistério...
Tentar e conseguir...
Avançar e destruir
As barreiras invisíveis
Que nos querem fazer cair!

Pois o período de rotação
Do nosso mundo
É criado por nós...
Não para nos levar ao fundo...
Só para fazer sobressair
A nossa voz,
Num universo de ilusão...

E fazer despertar
O grito da razão
Sem excesso... mas com moderação!

JMF*10

terça-feira, 20 de maio de 2008

Hora de Agir

Segunda-feira, o Oeste da China foi violentamente abalado por um sismo de magnitude 7,8 na escala de Ricther. Graças aos nossos estudos de Geologia, sabemos que a quantidade de energia libertada durante o sismo foi bastante elevada. É uma forma de mostrar o dinamismo do nosso planeta, de nos lembrar que a Terra está viva.

Nós somos alunos, no entanto, não precisamos de estudar para compreender a dimensão das consequências: só em Sichuan, a província mais afectada, estão confirmados 12 mil mortos, já para não falar dos avultados danos materiais. São números elevados, que nos chocam e entristecem. Sim, entristecem. São Chineses, mas poderiam ser Portugueses, Espanhóis, Ingleses ou Americanos. Não interessa a nacionalidade: a Natureza não escolhe quem castiga; limita-se a demonstrar uma parte do seu poder, relembrando-nos que a nossa vida está totalmente dependente da Terra.

Então, porquê continuar a destruir a nossa casa? Depois disso, não teremos para onde ir, pelo menos, por enquanto. Estamos "orgulhosamente sós" no Universo e, pelos vistos, continuamos a ignorar esse facto. Pensamos que somos os donos do mundo e que, tal como a destruímos, podemos reconstruir a Terra. Contudo, a Natureza não funciona segundo a vontade humana.
Os efeitos da emissão de dióxido de carbono para a atmosfera no presente só se darão a conhecer daqui a cinquenta anos. Ou seja, serão os nossos filhos e netos que terão de lidar com o problema. Então, porquê tanto alarido à volta da protecção ambiental?

Eu posso tentar responder. Sempre ouvi dizer que os pais querem o melhor para os filhos. É, pois, lógico afirmar que lutarão para que os filhos cresçam num mundo melhor, mais solidário e menos poluído. No entanto, essa luta não se pode travar daqui a cinquenta anos. É hoje que temos de agir, para que o amanhã possa ser melhor. É por isso que temos de tomar medidas imediatamente, seja investigando novas fontes de energia não poluentes, seja prestando auxílio às vítimas do sismo na China.

Maria João Pinto nº22

terça-feira, 13 de maio de 2008

Afinal, o que é o Amor?

Dizia Camões:

"Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer."
(...)

Se não se vê, como posso saber que ele existe?
Como saber que ele está lá?
Como posso saber que aquela sensação estranha, quando estás perto de mim, é Amor?

Se não se sente, porque doí tanto quando nos separamos?
Porque choro quando tu não estás?
Porque me fecho comigo própria, sem querer ver ninguém, quando ele acaba?
Porque é que custa tanto a passar?


Afinal, o que é o Amor??????!

É, simplesmente, um sentimento inexplicável, indefinível, incompreensível...
É algo que não se pode provar, mas simplesmente acreditar.
E é esse acreditar que nos faz amar. É por isso que doí tanto quando acaba: porque somos forçados a deixar de acreditar. O que fica é o que importa. São os bons momentos que temos que recordar. E os maus? Quais maus momentos? Simplesmente, não houve.

Amar é

dar
respeitar
confiar
sentir
tocar
sofrer
saber escutar, compreender, aconselhar

Amar é aquilo que queremos que a vida seja!
Eva nº15

segunda-feira, 12 de maio de 2008


Será que tudo tem um fim? E que é quando menos esperamos?


Questionei-me sobre isto quando vi uma senhora encostada a um muro a chorar. Aproximei-me devagar, como se tivesse medo de pisar o chão, e perguntei se estava tudo bem. A senhora limpou as lágrimas e perguntou-me se algum dia tinha chegado a um fim. Parei e pensei! Mas que raio de pergunta á qual não sei responder. Sorri e disse que o fim das coisas é subjectivo. Nisto ela olhou-me, pediu desculpa e correu, sem sequer olhar para trás.

Pela primeira vez na vida tinha sido questionada na rua e não sabia o que responder. Habitualmente eram perguntas banais, como as horas, se sei onde é o tal sítio ou mesmo se sei onde é a paragem de autocarro mais próxima. Desta vez tinha sido diferente, o sangue parou-me nas veias quando vi o desespero na cara daquela senhora.

Vim para casa e pensei em como definir o fim. Mas o que queria aquela senhora dizer com o "ter chegado a um fim". Acho que nunca cheguei a um fim, acho que ninguém tem um fim, sem ser a morte.

Um fim não é classificado como algo terminado quando duas pessoas se afastam ou quando alguma coisa as separa. O fim acontece quando tudo acaba, quando deixa-mos de ver, ouvir, sentir, pensar ou distinguir o que é real do irreal. O fim não é provisório, não acontece hoje, para amanhar voltar a ser um inicio. Enquanto as pessoas olharem para o mundo e para a sociedade como um prédio inacabado o fim de algo nunca acontecerá e tudo aquilo que queremos ou que desejamos com um pouco de luta volta ao lugar onde pertence.
A Imagem daquela senhora não me sai da cabeça e a questão do que será afinal o fim entoa na minha cabeça como um despertador, todos os dias, a toda a hora. Como se precisasse de uma resposta para tentar responder aquela senhora.

Inês Rodrigues nº17

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Sorriso de Criança...Ou talvez não!!!

Todos os dias
Saímos à rua...
Falamos e convivemos,
Refilamos, mas aprendemos!

Toda a vida
É feita de pequenas lições:
Algumas mais fáceis,
Outras acompanhadas de lições!

Tudo começa
E tudo pode acabar...
Tudo se conquista
Se por tudo conseguirmos lutar!

Sonhos ou ilusões,
Sorrisos ou desilusões,
Erros que se tornam prisões
Das quais só saímos
Se não formos demasiado chorões!

Por vezes, sento-me a reflectir:
Tenho saudades de sorrir,
De sair ou cair...
Saudades da infância
Que pôde sentir...

Jogos e brincadeiras,
Empurrões e choradeiras...

Fui crescendo
E, agora,
Essa vida de criança
Não passa de uma lembrança!

Toda a nossa vida
É demasiado estruturada:
Hoje somos crianças,
Amanhã caminhamos pela calçada
Prontos para ir trabalhar...


Hoje vamos para a escola,
Amanhã teremos que acordar de madrugada!

Enfim...

Toda a vida
É uma evolução...
Haja sucesso
Ou não...

Construímos em nosso redor
Uma camada que nos retira
Do nosso interior...

Objectivos,
Trabalhos,
Estudos,
Atalhos...

Atalhos que nem sempre
Nos levam em boas direcções...
Mas isso,
Já serão opções...

Avançamos
E voltamos a recuar...

E, quando formos velhinhos
Esperemos que alguém nos possa ajudar...

Toda a vida lutamos
Para algo ganhar...
Avançamos e recuamos,
Sem nunca deixar de tentar!

A vida é dura
Por vezes, injusta...
Mas, não podemos desistir...
Se não o sorriso de criança
Vai e não volta a vir!


JMF*10

quinta-feira, 27 de março de 2008

"Caso Telemovel"




O telemóvel treme vezes sem conta ou talvez apenas uma, debaixo de cada uma das carteiras, ordenadas por filas dentro de quatro paredes. A curiosidade dentro de cada um de nós é despertada.

Hoje em dia os jovens estão rodeados de mentes electrónicas. As mentes familiares fazem falta! Uma pessoa não se constroi sozinha, para se construir uma personalidade é preciso falar, é preciso confiança e acima de tudo é preciso educação.

Acorda-se em silêncio, e cada um corre para a rotina, corre na rotina, preso pelo andar dos ponteiros que marcam as horas, os minutos, os segundos. A casa chegamos cansados, com o stress entranhado nas veias e os problemas exteriores a penetrarem o nosso estado de espírito como uma lança.

Na rotina de um simples jovem, há aulas, onde é necessário concentração, esforço, dedicação, empenho, e nem sempre ele está disposto, ou com capacidade de pôr em alto todas estas qualidades. O telefone apenas será um modo de fuga a todo esse stress e silêncio.

Os professores veneram a atenção de cada uma das grandes crianças presentes na sala, mas se estas não a conseguirem obter, ou se quebrarem as regras, são habilitadas a castigos/punições. Uma atitude violenta, como resposta seria apenas proveniente de todos os problemas do dia a dia.



Caso telemóvel será um simples e único caso ou o retrato de um grave problema social?






Inês Rodrigues

Nº 16

segunda-feira, 17 de março de 2008

Queimada Viva


Este é um livro que aconselho vivamente a toda gente, mas principalmente às mulheres; já que este é um livro muito emotivo e de grande interesse, pois retrata a vida de uma jovem rapariga da Cisjordânia que vive como todas as raparigas daquele país, mas com uma história muito diferente do que seria habitual.
Até ter lido o livro não tinha a noção do que era viver sem liberdade. As mulheres nestes países não podem falar, não podem olhar em frente e são espancadas diariamente. São mais mal tratadas do que um cão. Mas, infelizmente, não há nada que possamos fazer. Esta é a religião deste país onde só os homens têm direitos.
Quando li o livro fiquei um pouco espantada. Não sabia que existiam sítios que tivessem este tipo de religião. O livro é realmente um bom assunto para se tratar hoje em dia e acredito que pouca gente saiba desta situação.
A autora consegue transmitir bem aquilo que sente e as recordações que ainda tem daquele período da sua vida. Não deve ter sido fácil, e isso nota-se pela sua maneira de escrever e de contar ao leitor tudo o que ela viveu, tudo aquilo que sofreu, e por isso o livro tem um encanto especial. O que é certo, é que ela escreveu tudo de forma a que nós, os leitores, conseguimos pôr-nos no lugar dela e imaginar que tudo aquilo nos aconteceu a nós, como se fossemos nós próprios a viver aquela situação. Então deixa-nos com uma grande expectativa de que todas as mulheres daquele país tenham um final tão feliz como o dela!
É um livro encantador e especial! E que nos puxa para a sua leitura no mínimo de dias possíveis! Acabamos um capítulo e queremos logo ler o próximo para saber como toda a história acaba! Por isso, aqui fica um conselho para que todos o leiam!

Marta Costa nº24

sábado, 8 de março de 2008


“Dou por mim a desejar escorregar pelas páginas do livro, fundindo-me na tinta do papel. Não sei porquê; provavelmente o facto de ter lido quase 1000 páginas em menos de 48 horas deu-me a volta à cabeça.
Este acontecimento não é inédito. Não posso negar que nunca tenha sentido o desejo de entrar nos livros que leio, de encarnar numa das personagens. De facto, é a única coisa que me falta: já passei noites em branco, pensando nas reacções das personagens; acompanhei a sua dor, com tanta intensidade como se fosse minha. Esta tarde, assim que virei a última página do livro e verifiquei, com desagrado, que já não havia mais nada para ler, fui invadida por uma terrível apatia. Não consegui demonstrar qualquer entusiasmo, quando me disseram que ia passar o dia seguinte na companhia dos meus primos. Não fui capaz de tecer um único comentário trocista, destinado ao meu irmão. Resumindo, não estava em mim.
Sei que, assim que me debruçar sobre o livro de Química, este torpor vai desaparecer e a minha alegria (por vezes maliciosa) regressará. Contudo, estou certa de que este desejo que se reacendeu em mim não tornará a extinguir-se. Tenho a certeza de que nunca foi tão forte como desta vez. Quero, ardentemente, relacionar-me com as personagens, viver a sua felicidade, sentir a sua dor na pele. Enfim, quero viver as suas histórias; tornar a ficção verdadeira.
Será que tudo isto não passará de um mero reduto, uma forma de fugir aos problemas? Noutras circunstâncias, esta hipótese poderia ser considerada. No entanto, face à minha personalidade, sou forçada a descartar essa possibilidade. Não enfrento graves problemas, nem pretendo fugir deles.
Então, o que se passará comigo? Será, apenas, o resultado da minha capacidade de sonhar?”

Este pequeno texto foi escrito no dia 27 de Dezembro, após a leitura de Crepúsculo e de Lua Nova, de Stephenie Meyer. Entretanto, já li o terceiro livro da saga (Eclipse), em inglês, visto que a tradução só chega a Portugal em Maio.
Aconselho vivamente.

Maria João Pinto, nº22

segunda-feira, 3 de março de 2008



Ainda andamos todos um pouco escondidos e perdidos no mundo fascinante da poesia. O "ler um poema" trás um bocado de nós à superfície e deixa a descoberto a nossa personalidade e o nosso intimo.
Toda a gente tem medo de se dar a conhecer, e toda a gente tem medo de se deixar envolver nas palavras e nos significados que um poema pode ter. Mas os poemas servem para procurarmos um significado para a nossa vida, uma forma de pensar e de agir mais definida e mais real.
A poesia leva as pessoas a falarem, sem medo e receio de algo ou de alguém, leva a que as pessoas se levantem do seu lugar e mostrem opiniões, visões ou perspectivas. A poesia é isso mesmo… um mundo. Um mundo em que podemos ser aquilo que não somos ou simplesmente deixarmo-nos levar e deixar que as pessoas nos descubram.
Através da poesia, todos nós, temos curiosidade e estimulo para desvendar os segredos mais íntimos, profundos e obscuros de um poema. Porque o poema é como um anjo, que nós faz-nos voar e atingir o mais alto.
Um poema pode significar revolução, descoberta, medo, insegurança, personalidade. Um poema pode ser aquilo que nós queiramos que ele seja, não precisa de ser “qualquer obra em verso, especialmente aquela em que há enredo e acção”, o poema é aquilo que nós queiramos que ele seja.
E tal como Joaquim Chamisso disse:


Estes versos que eu faço,
Ó gente da minha terra,
Deles não quereis saber,
Mas o vento já os espera.

E vós, ó vento, levai
Quando o meu coração diz,
As minhas palavras certas,
Ao povo do meu país.




A partir de hoje vamos todos mudar e deixar que as palavras de um poeta nos encham o coração, e com este preenchimento a nossa vida terá outro rumo.



● Bibliografia:
Chamisso, Joaquim - Guarda, 1982
Dicionário de Língua Portuguesa, 6º edição, Dicionários Editora, Porto Editora.
Inês Rodrigues nº17

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Primeiro

Hoje, no poema de Eugénio de Andrade que vimos na aula de Português, chamava-se a atenção para o nevoeiro que vai em cada um de nós e para a luz que era preciso convocar. Nevoeiro pode chamar-se também preguiça, modorra, estar-se-nas-tintas, indiferença (“que mais me dá crescer ou não crescer?”, “odeio quem se mexe”, “não venham pedir-me nada”, “se tocarem à porta, não estou”). O nevoeiro tapa, tolhe, arrefece, tira a vontade de olhar para cima. A luz pode ser uma biqueirada, um psssst!, um bip de despertador.

É nesse sentido de abertura ao Sol e à claridade que inicio este blogue, braços estendidos, peito feito ao vento, asas quase lançadas. Repito aquilo que disse quando lançámos este processo:

1)A escola não acaba no portão, a vida também não fica do lado de fora. (tragam ecos de como as vossas matérias se realizam na sociedade, na vida).

2)Pode haver poesia nos tubos de ensaio ou na lava dos vulcões. (falem das vossas actividades escolares desde que elas tenham relevo – há sempre qualquer coisinha que vos encheu, vos intrigou, vos fez uma cócega)

3)O que lestes e gostastes de ler pode ser bom para que outros leiam e gostem de ler. (dêem eco das vossas leituras de livros ou periódicos ou mesmo de outros blogues)

Escrever não é tão difícil como parece. Só é difícil antes de começar. Um blogue de turma pode fazer sentido(s).

Agora sois vós.

JOAQUIM MARTINS IGREJA