Passa-se algo estranho com os Portugueses. E não me estou a referir a nenhuma crise de identidade, financeira ou de valores, nem tão-pouco ao tão aclamado pessimismo que parece caracterizar os nossos conterrâneos. Falo, sim, de algo de que me apercebi há já algum tempo, mas a que nunca prestei muita atenção: a falta de interesse dos jovens relativamente ao seu país.
Um exemplo: se perguntarmos a um adolescente quem são os candidatos à presidência dos Estados Unidos, há grandes probabilidades de os ouvirmos responder, com maior ou menor convicção, Obama e McCain. Contudo, se indagarmos quem são os líderes dos partidos portugueses, poderemos obter respostas balbuciadas e vacilantes, algumas erradas ou incompletas, ou até mesmo não obter nenhuma. Pior ainda, poderíamos ouvir algo como não me interesso por política, isso é para velhos ou não tenho idade para votar.
O problema é que o facto de se ter menos de 18 anos não deveria ser um impedimento à nossa condição de cidadãos consciencializados, mesmo que não tenhamos responsabilidades civis nem que não sejamos considerados adultos. Afinal, mais cedo ou mais tarde, atingiremos a maioridade. Então, como irá ser? Assim que atingirmos a idade mágica, passaremos a saber tudo sobre a sociedade, economia, política e outros assuntos do país e do mundo? Se com a maioridade vem um pacote de conhecimentos desse género, por que razão andamos na escola, sendo ensinados a raciocinar e argumentar? Para passar o tempo? Não me parece e admito que não é uma perspectiva lá muito animadora.
O que nem todos os adolescentes compreendem é que estamos a crescer para, um dia mais tarde, sermos adultos e tentarmos influenciar o país em que nascemos, senão mesmo o mundo em que vivemos. E, se não começarmos a preparar a nossa entrada na vida adulta, agora que estamos tão perto, seremos esmagados pelos vários problemas da vida, sejam eles o mercado de trabalho, a maternidade/paternidade ou a entrada na universidade. Isto, sem falar naquelas questões mais abrangentes, relacionadas com a vida em sociedade.
O tempo urge (sim, são capazes de dizer que o tempo não passa depressa?) e nós ainda somos como peixinhos recém-nascidos na imensidão do oceano. Temos, portanto, de arranjar o máximo de defesas possíveis, de escolher as armas mais eficazes. Só que, em vez de dentes afiados e barbatanas compridas, temos de desenvolver o nosso bem mais precioso: o intelecto. Só assim poderemos resistir aos tubarões da vida.
Um exemplo: se perguntarmos a um adolescente quem são os candidatos à presidência dos Estados Unidos, há grandes probabilidades de os ouvirmos responder, com maior ou menor convicção, Obama e McCain. Contudo, se indagarmos quem são os líderes dos partidos portugueses, poderemos obter respostas balbuciadas e vacilantes, algumas erradas ou incompletas, ou até mesmo não obter nenhuma. Pior ainda, poderíamos ouvir algo como não me interesso por política, isso é para velhos ou não tenho idade para votar.
O problema é que o facto de se ter menos de 18 anos não deveria ser um impedimento à nossa condição de cidadãos consciencializados, mesmo que não tenhamos responsabilidades civis nem que não sejamos considerados adultos. Afinal, mais cedo ou mais tarde, atingiremos a maioridade. Então, como irá ser? Assim que atingirmos a idade mágica, passaremos a saber tudo sobre a sociedade, economia, política e outros assuntos do país e do mundo? Se com a maioridade vem um pacote de conhecimentos desse género, por que razão andamos na escola, sendo ensinados a raciocinar e argumentar? Para passar o tempo? Não me parece e admito que não é uma perspectiva lá muito animadora.
O que nem todos os adolescentes compreendem é que estamos a crescer para, um dia mais tarde, sermos adultos e tentarmos influenciar o país em que nascemos, senão mesmo o mundo em que vivemos. E, se não começarmos a preparar a nossa entrada na vida adulta, agora que estamos tão perto, seremos esmagados pelos vários problemas da vida, sejam eles o mercado de trabalho, a maternidade/paternidade ou a entrada na universidade. Isto, sem falar naquelas questões mais abrangentes, relacionadas com a vida em sociedade.
O tempo urge (sim, são capazes de dizer que o tempo não passa depressa?) e nós ainda somos como peixinhos recém-nascidos na imensidão do oceano. Temos, portanto, de arranjar o máximo de defesas possíveis, de escolher as armas mais eficazes. Só que, em vez de dentes afiados e barbatanas compridas, temos de desenvolver o nosso bem mais precioso: o intelecto. Só assim poderemos resistir aos tubarões da vida.
Maria João Pinto nº 20 11ºC
1 comentário:
Pois é, MJ...
A vida e a maioridade...
De facto, toda a nossa juventude e adolescência são percorridas para construirmos alicerces para um futuro melhor... para criarmos barreiras contra os "tubarões da vida".
Senão soubermos nadar, como poderemos seguir sem naufragar?
Mais um dos teus textos fantásticos e que nos levam a pensar como seguir na vida...
Enviar um comentário