Num período de rotação
Demasiado avançado
Para o período de translação!
Roda tão depressa
Que nem sei por onde me agarrar...
O pretérito imperfeito
Aparenta ser mais do que perfeito,
E vai-se espalhando através do gerúndio
Até ao presente e futuro perfeito...
É difícil perceber
O significado indecifrável
Que é mais do que fácil compreender...
Quando tudo começa
Tudo pode acabar;
Sonhos, criações
Em Terra vão desabar!
Vagueando perdidos
À procura de soluções...
Mas quando damos por nós
Estamos numa rua de questões!
Contagem decrescente
Que cresce sem baixar
E como uma nascente
As lágrimas começam a desaguar...
Desaguam num rosto desprotegido
Onde um sorriso quer desaparecer
Procurando o sentido
Do porquê de viver...
Momento este
Em que tudo se escreve ficando por escrever
Momento de tantos outros
Que virão para este esquecer.
Não é fácil avançar,
Mais difícil saber lutar...
Mas agora pergunto:
De que adianta chorar?
A vida não é complicada,
É dificilmente facilitada!
Mas o que seria de nós
Sem um motivo para festejar
A barreira derrubada?
O sentido da vida
Não se deve procurar...
Podemos simplesmente
Deixarmo-nos levar
E descobrir...
Devemos sorrir...
Gritar se nos apetecer...
Gritos mudos
E ensurdecedores...
Fazer da vida o mistério...
Tentar e conseguir...
Avançar e destruir
As barreiras invisíveis
Que nos querem fazer cair!
Pois o período de rotação
Do nosso mundo
É criado por nós...
Não para nos levar ao fundo...
Só para fazer sobressair
A nossa voz,
Num universo de ilusão...
E fazer despertar
O grito da razão
Sem excesso... mas com moderação!
JMF*10
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