A Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores (DECO) lança um alerta: " Consuma com moderação, o que conta é a intenção."(...)"Estamos a apelar a um consumo responsável pois o endividamento dos portugueses não tem parado de crescer".
in "Público" 11 de Dezembro de 2007
As pessoas têm de poupar para não se endividarem. Na época natalícia é normal que o consumismo e " a euforia das compras" suba consideravelmente mas é preciso ter em conta os limites que não se devem ultrapassar. As pessoas não têm consciência disso? Ainda mal.
Porquê? As baixas taxas de juros praticadas ao longo das duas últimas décadas, aproximadamente, criaram nos consumidores portugueses a falsa ideia de que o crédito ao consumo é uma solução sem efeitos secundários.
O resultado está à vista: « (...) o endividamento dos portugueses não tem parado de crescer». Assim, a pratica do "Compre agora e pague nos próximos anos!" instalou-se de modo definitivo. As suas consequências começam a fazer-se sentir de forma particularmente acutilante num elevado número de famílias. Qual é, afinal, o motivo deste endividamento?
O pano de fundo é a época natilicia que convida as pessoas a gastarem o dinheiro em prendas, que dão e recebem, numa euforia consumista, cujo excesso vai desde o conteúdo do presente até ao embrulho, por vezes, mais valorizado do que a própria prenda. Nos dias seguintes à quadra natalícia, vemos as pistas desses excessos: os contentores de lixo das nossas ruas transbordam de papéis, caixas, caixotes. E como a nossa sociedade é caracterizada pelo consumismo e materialismo, não se olha para trás e gasta-se "como a gente quer", ou seja, havendo liquidez, gasta-se o que se tem; não havendo, gasta-se o que não se tem. Como?
Recorrendo ao crédito, até o consumidor se aperceber que as prestações começam a ser cobradas, uma atrás da outra, pelas empresas credoras.
A expressão capitalismo ou mercado livre é "usar e deitar fora", quer dizer, desperdício de dinheiro e bens que podem ainda ser utilizados.
O "marketing" fomenta a crise financeira, conduzindo à diminuição do poder de compra dos consumidores. A publicidade acompanhada de ofertas fictícias e enganadoras promessas é uma arma perfeita para tentar as pessoas levando-as ao acumulamento de dívidas, rumo à bancarrota, ao abismo económico financeiro. Não se pode acreditar no que o "marketing" anuncia; não se pode apostar no jogo da estratégia comercial; não se pode esbanjar rios de dinheiro em objectos inúteis no nosso quotidiano. Todavia os portugueses continuam a cair no perfurme da publicidade tentadora.
Que soluções?
Chegou o momento de reflectir sobre o materialismo actual e descobrir novos valores que deixarão marcas na vida daqueles que prezamos. O impulso consumista dá uma satisfação momentânea. A médio e a longo prazo traz sempre consequências nefastas! Evitá-las é prioritário! Urgente é resistir às estratégias comerciais! Pratiquemos um consumo responsável, e façamos uma boa gestão financeira! São factores básicos para travar os elevados números que a DECO apresenta .
Reflictemos antes de comprar para gerir o nosso futuro e o das próximas gerações!
Jorge Rodrigues Saraiva nº18 11ºC
1 comentário:
muito bom texto a seguir sou eu a participar!
Ricardo
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