quinta-feira, 27 de março de 2008

"Caso Telemovel"




O telemóvel treme vezes sem conta ou talvez apenas uma, debaixo de cada uma das carteiras, ordenadas por filas dentro de quatro paredes. A curiosidade dentro de cada um de nós é despertada.

Hoje em dia os jovens estão rodeados de mentes electrónicas. As mentes familiares fazem falta! Uma pessoa não se constroi sozinha, para se construir uma personalidade é preciso falar, é preciso confiança e acima de tudo é preciso educação.

Acorda-se em silêncio, e cada um corre para a rotina, corre na rotina, preso pelo andar dos ponteiros que marcam as horas, os minutos, os segundos. A casa chegamos cansados, com o stress entranhado nas veias e os problemas exteriores a penetrarem o nosso estado de espírito como uma lança.

Na rotina de um simples jovem, há aulas, onde é necessário concentração, esforço, dedicação, empenho, e nem sempre ele está disposto, ou com capacidade de pôr em alto todas estas qualidades. O telefone apenas será um modo de fuga a todo esse stress e silêncio.

Os professores veneram a atenção de cada uma das grandes crianças presentes na sala, mas se estas não a conseguirem obter, ou se quebrarem as regras, são habilitadas a castigos/punições. Uma atitude violenta, como resposta seria apenas proveniente de todos os problemas do dia a dia.



Caso telemóvel será um simples e único caso ou o retrato de um grave problema social?






Inês Rodrigues

Nº 16

4 comentários:

Anónimo disse...

Caso telemóvel será um simples e único caso ou o retrato de um grave problema social?

Acho q o caso do telemovel foi apenas uma divulgação da crise de valores e de um problema social em que vivemos. Porque muitos dos jovens que se sentam nas carteiras da sala de aula nao têm educação, sem ser na escola. Por isso acho q se deve começar a educar desde pequenos. Para que casos como os da escola do Porto nao venham ao decima e mostrem os "podres" dum país á beira do declinio e da ruptura como o nosso.

[Boa Inês :D Esta' de mais... ]

Anónimo disse...

Este é um bom tema para discutirmos, pois este caso nao deve ser unico no em Portugal, pois ha' muitos mais pelo país fora...
Nao deve ser fácil para um professor ter de lidar com esta situação, até acho que agora a professora nao deve estar com disposição para voltar a dar aulas...

Mas este caso até tem um aspecto positivo, serviu para todos nós, os jovens, vermos como está o nosso país, e pensarmos como vai ser o nosso futuro!
Será que vamos conseguir viver em Portugal?!


Um excelente texto Inês! Vamos continuar com o blog em acção!
= D

Anónimo disse...

Hum, este caso foi muito badalado durante uns dias (semanas?), já perdi a conta das notícias que li ou ouvi. E porquê? Porque há jovens que se comportam como selvagens, sem cultura nem educação?
O pior é que a imagem negativa desses indivídus nos afecta a todos. Nós, que somos os jovens de hoje, adultos de amanhã. Nós, que somos a "esperança" da geração anterior. N´so, que vamos educar e proteger (supostamente) a geração seguinte. É, então, injusto alargar o mal de uns a todos os outros.

^^
Inês, o prometido é devido. =D
Bom trabalho

Anónimo disse...

Como professor devo dizer que o caso do telemóvel espelha várias realidades que teimamos em não querer ver. Em primeiro lugar a sala de aula tende a ser para os alunos uma extensão do ambiente exterior, isto é light (tudo portanto deve ser possível, mesmo mandar mensagens ou passar algum tempo entretido quando a matéria não interessa). Em segundo lugar aquela violência da aluna manifesta que a professora deixou ir as coisas longe demais (não nesta aula, mas provavelmente desde o início do ano). E não só aquela professora mas provavelmente todos os professores do Conselho de Turma. Com isto critico esta perspectiva de muitos professores de "deixar passar" ou "fazer de conta que tudo que está bem" só para não ter que dar parte de fraco. Há turmas em que já não se consegue pegar porque os professores teimam em dizer que são turmas absolutamente "normais" mesmo que a agitação (quando não é mesmo indisciplina) não permita aprender nada.
Joaquim Martins Igreja