Já deixamos de prestar atenção, quando os jornais reflectem na primeira página números assustadores sobre a quantidade de desempregados deste país. A situação está mesmo má para os trabalhadores e para aqueles que procuram um emprego cada vez está pior.
Imaginemos que tiramos o 12º ano e depois? Será que vale a pena irmos tirar um curso, que por muito que gostemos não vai ter saída profissional? Entrarmos numa universidade, tiramos o nosso curso e depois? Ou vamos para fora do país ou então teremos de encontrar outro trabalho fora da nossa área em estudo, isto é se conseguirmos encontrar sequer emprego. As opções não são muito favoráveis para as novas gerações.
Á medida que o tempo passa o mercado fica cada vez mais saturado e como tal a porta, para podermos escapar e termos uma oportunidade no estrangeiro, abre-se. Cada vez mais opta-se por tirar o curso no estrangeiro através de bolsas de estudo ou opta-se por pagar os custos todos. Esta última não é muito rentável para a classe menos abastada, economicamente, pois se muitas das vezes não têm dinheiro para comer, muito menos têm dinheiro para mandar estudar os filhos para fora.
Por isso como vamos libertar Portugal deste fosso económico? A nova geração não tem suporte para viver numa economia tão frágil como se de um cristal se tratasse. Tudo mudou. Por exemplo, nas gerações dos nossos pais, eles emancipavam-se cedo, por volta dos 19 anos, no máximo. E apesar de não haver uma economia forte, esta permitia que houvesse empregos duradouros para quase todas as pessoas, ao contrário de agora.
Hoje em dia, um jovem que queira constituir família não consegue, saindo da casa dos pais com cerca de 30 anos, a tarefa de ser independente torna-se uma missão impossível. Os jovens que têm a sorte de encontrar emprego, podem estabilizar, minimamente, a sua vida; mas já aqueles que não encontram um emprego, não podem estar dependentes dos pais para toda a vida, tendo com isso de emigrar para países que lhes garantam trabalho.
A vida dos jovens de hoje em dia não é fácil, mas as empresas ao decretarem falência, também é um facto que não ajuda muito. Não digo que a culpa seja só das empresas, pois isto é uma cadeia, mas se o mundo continuar assim, como iremos viver num planeta em que as coisas pioram a cada minuto que passa?
Ana Carolina Ferreira Torres nº1
segunda-feira, 1 de junho de 2009
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