“A ciência evolui, mas longe de o fazer como um rio que vai deslizando suavemente pela planície, mais parece fazê-lo como um ribeiro das montanhas, em saltos bruscos, de penhasco em penhasco, com fantasiosas curvas a contornar as fragas, com recuos e avanços, como se hesitasse ante o caminho a seguir.”
O que hoje é importante ou certo, amanhã poderá não o ser, e a ciência é um desses exemplos. A ciência, como refere o texto nunca conseguirá deslizar por uma planície, e porquê? Porque a ciência é como um jogo, por exemplo como um puzzle. Reunimos as peças, tentamos encaixá-las, mas quando só falta uma e essa não encaixa, então é porque o puzzle não está correcto, é necessário voltar a construir um novo.
Por isso, quando o texto refere a ciência como um ribeiro inconstante, é mais que perfeita a comparação. Por vezes, surgem as teorias e hipóteses de uma forma repentina sem ninguém esperar por isso. E ás vezes no meio do seu trajecto colocam-se interrogações, dúvidas e questiona-se a teoria colocada. Então a ciência recua de novo e recomeça a construção do nada. Porém muitas vezes colocam-se as hipóteses que por definição não nos dão a certeza de nada, pois o homem prefere ter uma resposta errada, do que a não ter resposta.
Mas afinal, qual a nascente deste rio da ciência? Nasce nas perguntas que colocamos, no bichinho curioso e insatisfeito que existe no Homem.
Sem interrogações nunca haveria ciência, mas sem ela também não existiria o mundo como hoje é…
Ana Eiras n.º5
quinta-feira, 28 de maio de 2009
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