quarta-feira, 25 de março de 2009

sorriso fingido*


Não sei de onde vem esta tristeza que me prende a alma. Não sei explicar porque choram os meus olhos, as lágrimas que a chuva teimou em trazer. Porquê ficar presa a um sonho que acaba mesmo antes de começar?
O meu coração dizia-me a pessoa que estava por de traz daquela mascara, mas eu não queria ver, continuando assim a viver num mundo de ilusões. Só abri os olhos quando vi aquele "relâmpago" vindo dele... Nesse intante gostaria de poder andar sobre o mar, partir para a estrela mais distante, entrar noutra orbita e esqueçer tudo!!! Mas apesar desta frida que aquele ser feito de "mentiras" deixou, lembro-me das pessoas que fazem parte do meu "eu". Essas pessoas que moram no meu coração e me querem fazer ver as coisas de outro modo.
Eu fujo! sempre a fugir, mas os problemas não desaparecem, apenas adormecem num sono leve.
Não quero lutar mais contra ventos contrários que agitam os meus ouvidos que nada tenho.
Desisto! Desisto das batalhas que o coração muitas vezes trava com a razão.
Desisto e sigo ao sabor da brisa, fingindo sorrisos, escondendo lágrimas nas águas de um oceano de sentidos.


*Andreia Pereira*
Nº6

sorriso fingido*

Ser o que somos

O ser é a coisa mais perfeita e imperfeita ao mesmo tempo. Somos aqueles que tentamos desesperadamente combater o fosso que existe entre os homens. Mas também somos aqueles que a todo o custo desprezam quem não “joga” o jogo deles. Tanto que passámos, tanto que tentamos desesperadamente apagar. Mas de toda a nossa existência, aquilo que nunca conseguiremos apagar é a nossa alegria, aquilo para o qual nos levantamos todos os dias. É o sol que brilha todas as manhãs para nós; as estrelas que iluminam o céu, que nos guiam num caminho que nos leva à felicidade.
O homem que compôs música, que produziu obras de arte lindíssimas e que todos os dias se constrói. É um homem capaz de fazer tudo para aquilo que se propõe, mas enfrenta a todo o custo as suas emoções e/ou sentimentos, fechando-se num casulo. Neste casulo, o homem procura-se redimir duma vida tão stressada, sem tempo para as coisas que realmente importam, ligando a pormenores sem utilidade. As compras, as saídas são escapes para esta vida em que se pensa em tudo e em nada. Vivemos numa sociedade de opostos, se um é sim o outro é obrigatoriamente não.
Conseguiremos alguma vez eliminar tal acontecimento? Tudo joga contra nós, a nossa probabilidade é reduzida. Mas seremos capazes de nos libertar de todos os sentimentos que nos rodeiam e sermos objectivos? Será que a vida sem sentimentos vale a pena ou viveremos numa utopia?


Ana Carolina Ferreira Torres nº1 11ºC

Falta de Tempo gera jovens violentos?

É frequente ouvirmos os pais queixarem-se da falta de tempo para estarem com os filhos. Ou porque têm horários muito preenchidos ou porque as profissões são muito exigentes. Acho que a questão não é o tempo que passam com eles mas sim a qualidade desse tempo. Muitas vezes atribui-se á violência exercida pelos jovens ao facto de os pais não terem tempo parra eles. Por vezes, sim, é verdade, a família é a principal culpada. Porém quando falamos nisto, pensamos logo num bairro degradado e em famílias pobres. Porém isto também pode acontecer noutras situações. Por exemplo, quando um pai escuta as conversas dos filhos ou viola a sua correspondência, também pode ser considerado violência. Por vezes a falta de comunicação familiar leva o jovem a procurar outra saída para os seus medos, frustrações, preocupações e normalmente recorrem a violência, que é o caminho mais fácil. Ou então quando as regras são contraditas e os pais são muito ausentes, por exemplo emigrantes, são outros factores que podem causar violência nos jovens. Embora também possam ser considerados factores biológicos, nos quais eu não acredito porque por um pai ser violento não quer dizer que o filho o venha a ser. Não é uma regra. Agora uma coisa é certa: Violência só gera mais violência.

Ana Guerra nº4

problema dos exames...e dos anos repetidos

eu venho mais uma vez com um texto um pouco diferente dos dos meus colegas..
a minha pergunta é "o que poderá levar um aluno a anular uma disciplina?"
falando pelo meuu caso que me vejo "obrigado" a anular quimica, vejo a qestao dos testes nao me terem corrido como o esperado...e o facto de precissar de 11 no final do 3º periodo pa me candidatar a exame...
eu axo que há mais gente na minha situaçao nesta turma qe devia pensar no caso...
e depois com a dificuladade do intermedio valera a pena correr riscos...
é uma situaçao a pensar ate aos primeiros 5 dias do terceiro periodo...
o principal motivo desta mensagem foi mesmo para avisar que se conseguir ser campeao nacional (2x2) em voleibol fico a dever um cafe à turma e ao professor de portugues...
façam figas=)
ja começa amanha...
abraço turma
ah boas ferias...e ferias nao significa estudo...

O tempo

São quase férias, o tempo começa-se a esgotar, começamo-nos a aperceber que deixamos tudo para amanhã, tudo para o último instante. Reflectimos e damos por nós a fazer uma análise crítica ao que fizemos e ao que não fizemos e deviamos ter feito. Por vezes arrependemo-nos de deixar tudo assim à deriva e no fim, quando chega à altura de apresentar trabalhos, pesquisas, relatórios,portefólios, etc. encontramo-nos assim sobrecarregados, cheios de coisas para fazer e ainda faltam os últimos testes, e percebemos que realmente não demos o nosso melhor; outras vezes demos mas não foi o suficiente. Depois dizemos que não vai voltar a acontecer, mas não é bem assim e tudo volta a ser igual no próximo período, é algo vicioso e que desencadeia mais a preguiça que já é nossa conhecida. No entanto por vezes ainda damos conta do nosso erro mas já estamos cheios de trabalhos atrasados para organizar e depois situações e trabalhos simples podem tornar-se complicados. Até me atrevo a dizer que "só nos lembramos de santa Barbára quando ouvimos os trovões", ou seja, só nos lembramos do que temos para fazer já mesmo em cima do acontecimento e parece que não aprendemos, continuamos sempre os mesmos a deixar tudo por fazer até ao fim.



Luísa nº2/ 11º C

A Amizade

Amizade verdadeira é aquela que não te explora
Que está sempre ao seu lado
Que te procura em cada aurora
Que te apóia mesmo que você esteja errado
Que te aceita não pelo que tens
Mas simplesmente se doa como amigo
E se preocupa se tu não vens
Que te procura e te dá abrigo
Que nas horas difíceis te dá força
Depositando em ti toda a confiança
E pra fazer você feliz se esforça
Para que sua vida tenha mais esperança.
A verdadeira amizade é eterna e sincera
Contenta-se na mais pura simplicidade
Nasce, cresce, vive e prospera
Amizade verdadeira é transparente
Sabe guardar segredosÉ linda, pura, eterna e decente.



Liliana Almeida
nº19

Conceito!

Por vezes é preciso rasgar com o preconceito. A imagem dá o mote. Mostra-nos um restaurante, integrado nas torres do castelo. Muitas vezes preservar não é sinónimo de restituir a originalidade de algo. Por vezes a melhor maneira de preservar algo, é requalificar esse algo. Rompe-se com o estigma de modificar algo com significado histórico. Desta forma atraem-se as mentes aos marcos da cidade. Outrora esquecidos, quando apenas se encontravam na sua forma original.
Este conceito deve ser aplicado à vida! Devemos por vezes romper com o passado, de forma a abraçar o futuro. Feito de uma forma cuidada e inteligente, pode tornar o passado em mais que uma simples recordação. Aprender com os erros é fundamental, lembrarmo-nos deles é-o ainda mais. Se a forma de o fazer, é muitas vezes, modificar a nossa forma de ver o mundo, que seja! Não há que ter medo do futuro. Há que o olhar como uma oportunidade de mudança e de evolução pessoal.


Liliana ALmeida
nº19

Hora do Planeta

A Hora do Planeta é uma acto simbólico, que será realizado dia 28 de Março de 2009, ás 20h30, no qual, governo, empresas e a população de todo o mundo são convidados a apagar as luzes para demonstrar a suas preocupações com o aquecimento global. O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possivel em todos os lugares da Terra, tem como objectivo chamar para uma reflexão sobre a ameaça das mudanças climáticas. Os primeiros a começarem o Apagão Global é um pequeno arquipélago na costa leste da Nova Zelândia- as ilhas Chatham. Vão ser desligados os geradores a diesel, anunciando o ínicio do maior movimento comunitário que o mundo alguma vez testemunhou: a Hora do Planeta 2009.
Em Lisboa, o Cristo-Rei assim como a Ponte 25 de Abril, o Palácio de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, o Padrão dos Descobrimentos, o Castelo de São Jorge, os Paços do Concelho e o Museu da Electricidade vão ficar apenas iluminados pela luz das estrelas; O Centro Cultural de Belém (CCB) assinala também a Hora do Planeta desligando por 15 minutos as suas luzes.
Pedem também às populações dos 90 países envolvidos, das 900 cidades mundiais envolvidas, que também contribuam para esta manifestação mundial apagando as luzes das nossas casas.
Podemos também nós (habitantes da Guarda) contribuir para esta Hora: das 20h30 ás 21h30 apagamos as nossa luzes pensando que milhões pessoas estão a fazer o mesmo jesto.
Isto é uma apelação e uma informação tendo em ponto de vista que o mais importante é o ambiente!!!!! Eu vou contribuir, contribui também.

Ass: Bruno Dionisio

terça-feira, 24 de março de 2009

Escrevendo...


Não é a forma como escrevemos que nos define...
É a forma como reagimos perante algo que nos leva a escrever!

Não sei ao certo se o caminho que sigo pelas veredas da escrita é o mais correcto, ou se a forma como surfo pelos diversos significados de cada palavra é o indicado, mas quer queira quer não, de uma coisa tenho a certeza: a escrita é o sítio onde vou sempre naufragar!

Porque vejo nas diversas facetas de cada letra, que se formam de maneira mais ou menos harmoniosa, o atalho para percorrer de forma mais rápida à compreensão daquilo que sinto ou daquilo que penso sentir!

Porque vejo nas várias portas gigantescas duma mísera letrinha a entrada ideal para a fuga perfeita do mundo cruel que, por vezes, me envolve e me tenta sufocar!

Porque vejo num simples ponto final, o início de um novo recomeço!

Sei que, nem sempre defino os limites daquilo que transmito nas linhas que, um dia mais tarde, darei a conhecer ou eu própria relerei, mas sei que são nessas breves linhas que posso ser livre sem medo de ser apontada por um dedo imperfeito sem razão de o ser.

Sempre que escrevo fecho os olhos, inspiro as partículas de ar que me envolvem, deixo soltar um grito interior e expludo nos espaços em branco, que ficam detonados com sentimentos, emoções, tristezas, alegrias, realidades ou, pura e simplesmente, fantasias!

Escrever não deve ser algo forçado... Deve fluir de dentro, saltar cá para fora... nem que seja para dizer aquilo que nunca se tem coragem de dizer olhos nos olhos...

Porque ao escrever, aquilo que se transmite através da tinta de uma simples caneta (ou de qualquer outra maneira!), deve ser mais genuíno, mais real, do que puras palavras transmitidas por um som tenebroso ou ilusório...

Escrevo hoje, porque não sei se o amanhã me dará emoções para o fazer...
Escrevo hoje, porque tenho a certeza de que algo novo irá renascer, nestas linhas que alguém poderá vir a ler!


JMF*10
Mais uma vez o nosso país está a ser assolado por inúmeros fogos. O mais preocupante é que estes incidentes, estão a ocorrer muito antes do tempo, denominado como correcto ou certo para tal acontecimento suceder. Mas nunca deveria existir um tempo para a ocorrência de fogos. São variadas as causas para estes incidentes. Alguns destes incêndios pensam-se que tenham tido origem criminosa, mas existem outros que por falta de limpeza ou simplesmente por causa do tempo que se faz sentir (um calor exagerado para a época) os provoca.
A verdade é que temos de cuidar do nosso património. Cuidar daquilo que é nosso e não deixar que as coisas cheguem ao ponto onde, actualmente, estão. São tempos em que temos de olhar para os três tempos existentes. O passado, das grandes conquistas, onde se realizaram inúmeros factos históricos importantes, onde se criaram as existentes sete maravilhas; o futuro que é aquilo para o qual trabalhamos, de modo a deixar um mundo melhor para os nossos descendentes. Mas é também o tempo para o qual construímos o passado e o presente; e por fim o presente que é aquele que actualmente é mais valorizado, especialmente pelos jovens.
Olhemos para os monumentos existentes e iremos verificar que não existe um cuidado para que estes não se deteriorem. O homem de hoje em dia não se preocupa com o passado, nem com as relíquias deixadas pelos nossos antepassados. O trabalho que eles tiveram para nos deixar tudo aquilo que hoje menosprezamos. O homo sapiens sapiens apenas se preocupa com o momento e como vai ter de viver o agora. Assim pensa só em sobreviver mais um dia, mais outro e outro, para fazer aquilo que quer. Preocupa-se em construir mais infra-estruturas e auto-estradas para viajar e conhecer novas paisagens. O homem de hoje preocupa-se em seguir um roteiro em que ele percorre as estradas dos outros, em vez de percorrer as suas próprias estradas e traçar o seu próprio caminho. Actualmente o homem receia o futuro, receia tudo aquilo que desconhece, tudo aquilo que para ele é novo.
E por tudo isto e voltando ao tema principal, penso que devemos considerar melhor e tentar preservar tudo aquilo que nos rodeia, pois temos de considerar que não somos os únicos seres a habitar na Terra e esperemos que existam mais gerações que nos sucedam, de modo a preservar a única coisa que não muda, a biodiversidade.


Ana Carolina Ferreira Torres nº1 11ºC

Onde o materialismo já chegou...


O homem cada vez mais dá valor ao dinheiro e aos bens materiais!
No dia dos namorados, no dia da mãe, do pai... As montras estão cheias de coisas alusivas à época. No dia dos namorados por exemplo é costume os namorados trocarem prendas. Porque será? A meu ver em alguns casos é uma forma de transmitir os seus semtimentos, á um reconhecimento da dignidade um pelo outro, é um amor verdadeiro. Há outros casos em que os sentimentos não são realmente fortes. Podemos verificar isso quando uma pessoa oferece ao namorado(a) um simples cartão com algo escrito e este não lhe dá valor, pois queria algo melhor. Mas na realidade não pensa no carinho com que a outra pessoa o escreveu. Eu penso que algo para ter valor não tem que ser caro, tal como o ditado português diz " o que conta é a intenção". Embora para a maioria das pessoas isto não passe mesmo de um ditado!
Se gostamos dessa pessoa que importa o resto? Infelizmente são poucas as pessoas que pensam assim, até mesmo para conquistar o amor ou amizade de alguém estão constantemente a dar-lhe prendas. Cada vez mais as pessoas pensam que o dinheiro compra tudo até mesmo uma amizade ou amor!
Pequenas coisas como por exemplo uma pequena carta a dizer os seus sentimentos ou estar com a pessoa não chegaria? Para que gastar tanto dinheiro? Na verdade não precebo! Quando realmente se gosta não importa o resto, se estamos com uma pessoa deve ser porque a amamos e não por interesse.
A realidade de hoje é que cada vez mais se vem casamentos feitos simplesmente por dinheiro e não por "amor". Pensam assim que este a que traz a felicidade pois compra tudo; esquecendo-se assim que não são os bens materiais que dão o carinho, amor...


Andreia Pereira
Nº 6

segunda-feira, 23 de março de 2009

Dúvidas…

Mais um crepúsculo que surgia no horizonte, mas era tão único, tão peculiar, pois já observei tantas vezes aquele lugar mas nunca tinha contemplado nada tão sublime. O céu surgia no meu pensamento como uma tela em que as pinceladas de tons violetas e azuis se tinham misturado e criavam um retrato perfeito de uma beleza tão abstracta.
Talvez aquele momento, que durou segundos, (sim, pois o Astro Rei não permite que uma beleza pura dure muito tempo, porque o Homem até com os olhos destrói), tenha sido o espelho da minha vida.
Para ser mais correcta, tudo o que existe naquele lugar é o reflexo daquilo que sou, não porque tenha sido eu a criá-lo mas porque foi ele que me construi, peça a peça. Quando observo aquele recanto do mundo vejo-o como um complemento da filosofia, vejo-o como um sítio que me faz reflectir, que me pode levar por caminhos que nem sempre penso que existem ou porque nem sempre tenho a ousadia de caminhar por eles.
Porém, às vezes surgem vultos que me arrastam pelas veredas desconhecidas e não permitem que desista deste novo projecto. Mas será que mereço o esforço e o empenho? Muitas das vezes julgo que não, contudo eles nunca me dão espaço para duvidar, pois apagam as minhas incertezas com um: “És o meu orgulho.” ou com um “Acredita em ti.”.
Então compreendo que as dificuldades e obstáculos só surgem aqueles que têm capacidade de as superar.

Ana Eiras n.º5

domingo, 22 de março de 2009

Violência nas escolas

Ocorrem diariamente nas escolas casos de violência. Alguns são divulgados na imprensa e outros ficam guardados no silêncio de quem sofre maus tratos. Este silêncio faz com que os números pareçam menores do que são.
Muitas pessoas não denunciam os agressores, por medo de represálias ou por vergonha. Dizem as estatísticas que muitos são os alunos vítimas de agressão de outros colegas, muitos são os professores vítimas de alunos e maior é o silêncio que existe. O pior de tudo é a desvalorização do assunto, por parte das entidades responsáveis, que tentam minimizar o problema, não dando atenção e não ligando às marcas que isso pode deixar em todas as pessoas vítimas de agressão. Este assunto diz respeito a qualquer um de nós, não devemos compactuar com esta situação, fechando os olhos e fingindo que nada está a acontecer. A escola deve ser um lugar seguro e acolhedor para todos.

João Rodrigues Nº17

quinta-feira, 12 de março de 2009

“Uma Esplanada sobre o Mar”, conto de Vergílio Ferreira


O conto retrata uma rapariga loura, de olhos claros e de tez bronzeada pelo Sol, que se encontra numa esplanada sobre o mar a contemplar as ondas enquanto espera por um rapaz, também louro, que a convida para lhe fazer uma revelação.
O rapaz chega e a rapariga fica surpreendida pela sua atitude misteriosa e pensativa. No decorrer da conversa mostra-se pouco explicito quanto ao objectivo da mesma, o que torna a rapariga impaciente.
Serenamente, o rapaz explica-lhe que existem certos momentos da vida em que dedicamos especial atenção aos mais pequenos pormenores de uma forma particularmente intensa. É nesses momentos que tomamos consciência que podemos perder tudo. Finaliza, então, revelando-lhe o que um médico dissera: restam-lhe apenas três meses de vida!

Análise

O título do conto levou-me a pensar num dia calmo e tranquilo, visto ter lugar numa esplanada à beira mar. A paisagem descrita pelo narrador é apenas um cenário da acção.
Os dois protagonistas incorporam a mensagem do conto. O rapaz fica fascinado com o mundo que o rodeia e se transforma continuamente, porque, até aí, nunca valorizara as coisas banais do seu quotidiano.
A notícia que recebera do médico fê-lo mudar a sua perspectiva sobre o mundo. Não se revolta contra a morte que lhe rouba a sua maior fortuna, a vida. Decide apenas sentir intensamente o que lhe resta dela. Não considera a morte como o fim da sua existência porque “a vida não é verdade”. Nós não sabemos aproveitá-la para vivermos felizes e a morte é apenas a próxima grande aventura.
Os homens são cegos porque recusam ver e desfrutar das coisas mais simples da vida (o nascer do Sol, as ondas do mar, …).
A moral do conto salienta o preconceito da morte de que todas as pessoas tentam escapar mas sem sucesso. “Às vezes Deus usa a morte quando nos quer mostrar a importância da vida”, é a mensagem do conto.

Jorge Saraiva nº18 11ºC