sábado, 22 de novembro de 2008

As dificuldades no acesso ao mundo do trabalho

É verdade que a minha geração enfrentará sérias dificuldades para entrar no mercado do trabalho. As mudanças ocorridas ultimamente nesta área alteraram dois factores considerados imutáveis: o valor do grau académico no acesso ao mundo laboral e a possibilidade de um indivíduo ocupar o mesmo posto de trabalho durante toda a sua vida produtiva.
O desemprego aumenta e a elevada percentagem é de recém-licenciados na procura do primeiro emprego. Também os desempregados com formação académica têm agora de frequentar cursos de Formação para voltarem a inserir-se no mercado laboral. Os contratos de trabalho são, na maioria, temporários, e as vagas são cada vez mais escassas, o que diminui as hipóteses de candidatura dos jovens.
Há um elevado número de trabalhadores flutuando de tarefa em tarefa, sem estabilidade de vida, e desempregados que têm de se readaptar às novas realidades.
O factor etário é de extrema importância e aos 40 anos é-se novo para a reforma e velho para o trabalho. É este negro cenário que os jovens de hoje têm de enfrentar.
É uma luta árdua que só alguns vencem. Um exemplo bem claro é a quantidade de candidatos a uma só vaga. Tomo como referência, uma situação concreta que aconteceu recentemente em Moncorvo: o presidente da Autarquia local abriu uma vaga para um arquitecto... e foram apresentados duzentos candidatos a um só lugar! Isto demonstra bem a crise do emprego.
O problema torna-se ainda maior quando as escassas vagas são preenchidas por estrangeiros qualificados.
Que medidas adoptar no combate aos sinistros números do desemprego em Portugal? É, sem dúvida, ao Governo que compete a implementação de normas eficazes a curto e médio prazo para diminuir as estatísticas do desemprego e dar esperança aos jovens da minha geração, para construirem os seus sonhos no que respeita a um futuro profissional estável e bem sucedido.
Contra o desemprego vamos trabalhar! É o lema dos jovens e trabalhadores sem estabilidade.
Será que o Governo escuta estas palavras?
Nunca pior auditório , parafraseando o Padre António Vieira.

Jorge Saraiva
11ºC nº18

3 comentários:

Anónimo disse...

pois é Jorge... tens razão...

Aos 40 anos é-se novo para o emprego e velho para o trabalho..

Mas que se há-de fazer?

Um texto mto fixe... continua;-)

Anónimo disse...

Gostei, Jorge. Mas tem calma: ainda és novo. Como tens visto, o mundo dá voltas e voltas e às vezes dá mesmo cambalhotas.

Anónimo disse...

grande momento de inspiraçao jorge