sexta-feira, 30 de maio de 2008

Momentos...

Há momentos em que fico a pensar...
Os segundos passam,
Os minutos voam,
As horas correm com medo de se atrasar...
Mas esses momentos durem o tempo que durar
São momentos que me podem aconchegar...

Sei que há erros que cometemos
E que nos fazem recuar..
Observar com atenção,
Para pudermos avançar!

Sei que há ondas ao longo da nossa vida
Que se fazem sentir no nosso mar...
Podem adormecer por instantes
Mas não é um sono que chegue para ficar!

Há pessoas que nos tocam sem nos tocar!

Não é preciso muito para as alcançar...
É preciso muito para as decifrar!

A alma vai escurecendo
Quando essas pessoas chegam e logo a seguir têm que abalar!
Nem sequer uma lembrança
Ou um abraço
Poderá ficar para mais tarde recordar...

A vida não pára,
Mas a alma pode recusar continuar!
Não são as lágrimas que a conseguem convencer...
Só um leve luar
Ou a luz do amanhecer!

A despedida chega sem se despedir...
E essas pessoas ficam e nós temos que fugir!

Não por que queremos
Mas porque temos que ir...
Não porque podemos
Mas porque devemos sair!

E nesses momentos em que me ponho a pensar
Tudo fica e tudo fica por ficar...

As pontes que unem os nossos mundos desabam...
E essas pessoas avançam noutra direcção
Para uma felicidade encontrar...
E eu fico feliz por elas
Mas também sinto uma lágrima a escapar!

Pois essas pessoas são as ondas que dão vida ao meu mar!

JMF*10

2 comentários:

Anónimo disse...

Chegamos e, mesmo dizendo que estamos aqui, adiamos só a necessidade de partir. Somos estranhos uns dos outros mesmo quando afivelamos um sorriso de companhia. O teu poema é bonito porque afirma com muita sensibilidade a necessidade de sermos ondas do mesmo mar, de nos cruzarmos e pararmos.
Joaquim Igreja

Ireth Hollow disse...

Não por que queremos
Mas porque temos que ir...
Não porque podemos
Mas porque devemos sair!

Gostei especialmente desta passagem, porque reflecte exactamente o que eu sinto, às vezes.
E é verdade, por vezes aqueles que nós queremos ver a sorrir têm de ir, e nós temos de continuar a sorrir, quando o que queremos mesmo é chorar. Será egoísmo? Ou apenas saudade?

Bom trabalho, como sempre. ^^
Beijos