segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Comentário à obra "As Intermitências da Morte"

A acção deste romance centra-se na intermitência da Morte, que cansada de ser odiada, detestada por toda a gente, dá o mote ao início da história: «No dia seguinte ninguém morreu.»
Este acontecimento provocou enorme alegria mas rapidamente se instalou o caos a nível económico, político e social. A situação torna-se deveras gravosa e preocupante para os hospitais, lares de idosos, agências funerárias que deparam com crise financeira que origina desemprego. O Governo não consegue solucionar o problema e até a própria Igreja perde o poder ao ver os seus dogmas alterados.
Como não podia deixar de ser, há sempre oportunistas e surge então a Máphia que se aproveita da gravidade da situação, pondo fim ao sofrimento dos moribundos transpondo as fronteiras para o país vizinho onde a Morte ainda reina. É um paradoxo este entre não morrer e ter que morrer.
Finalmente, a Morte revela sentimentos devido às consequências desastrosas ocorridas durante a sua inactividade. Resolve então recomeçá-la agora com o aviso prévio ao visado, com um prazo de sete dias, através do envio de uma carta cor violeta.
Porém, uma dessas cartas, enviada a um violoncelista, é devolvida. A partir dessa peripécia a Morte como que se humanize, e a acção centra-se agora nela própria e na personagem violoncelista. A Morte, feminina e sensível, tem a necessidade de ser amada e o desenlace é enigmático.
«No dia seguinte ninguém morreu.» Fecha-se um círculo entre a primeira e última frase do romance.
Este romance de José Saramago leva-nos a divagar sobre a vida, a Morte, o amor ou a sua falta na existência humana. Ninguém é imortal, a vida é efémera e frágil como uma borboleta.


Jorge Saraiva nº20 12ºC

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A droga

Podemos considerar uma droga, como toda e qualquer substância, natural ou sintética que quando é introduzida no organismo, altera as suas funções. Há vários tipos de droga, as estimulantes, as depressivas e as perturbadoras. As drogas estimulantes produzem aumento da actividade pulmonar, diminuem a fadiga, aumentam a percepção, ficando os demais sentidos activos. As drogas depressivas diminuem a actividade cerebral e podem dificultar o processamento das mensagens que são enviadas ao cérebro. As drogas perturbadoras têm por característica principal a despersonalização em maior ou menor grau. Os consumidores destas substâncias podem ser classificados consoante a periodicidade de consumo em experimentador, usuário, habitual e dependente.
Os motivos que podem levar ao consumo de drogas são diversos: entre eles estão os problemas pessoais e sociais, a influência de amigos, a sensação de prazer que produzem, a facilidade de acesso e obtenção, a impressão ou desejo de que as drogas podem resolver todos os problemas ou aliviar as ansiedades...
Devido às consequências que advêm do consumo de drogas, aconselho todos os meus colegas e amigos que consomem ou que estão com intenções de consumir a reflectirem melhor sobre o que estão a fazer à vida, pois quando se aperceberem do erro, pode já ser tarde demais.

Cumprimentos, David Neves nº13 12ºC

O Alcoolismo e a Toxicodependência nos Jovens


O tempo passa, os costumes alteram-se, as tradições esquecidas ou reinventadas e actividades e vícios antes habituais nos adultos começam a ser cada vez mais comuns e normais em jovens com o simples intuito de passar “um bom bocado”. Desta forma, o alcoolismo nos jovens é cada vez mais frequente, principalmente quando se reúnem em grupos de amigos.
Todavia, não só o álcool afecta uma grande percentagem dos jovens, mas também o tabaco e o consumo de drogas tem vindo a crescer muito acentuadamente no nosso país, entre outros vícios. É nesta situação de convívio social que muitos hábitos se criam. O ambiente de descontracção e divertimento é um dos factores. No entanto, este sim, significativo e assustador, por vezes, bebem, fumam e consomem drogas apenas para se afirmar uns perante os outros. Acreditam que por o fazer são considerados melhores ou ficam mais bem vistos perante os restantes colegas.
Neste contexto é comum ouvir-se dizer: “ Estou apenas a experimentar”, “é apenas ocasionalmente”, contudo este “ocasionalmente” torna-se cada vez mais regular e até comum chegando ao ponto de se tornar indispensável à vida quotidiana. Isto tudo num curto período de tempo. Sem que se aperceba o que era apenas uma nova experiência é já um vício difícil de superar.
Não menos preocupante são os casos de outros jovens que se envolvem nestes tipos de vícios devido a problemas familiares, escolares ou interpessoais, então caem na ruína da droga e do álcool. Estas pessoas por tudo e por nada bebem ou drogam se pensando sempre que é a última vez que o fazem, neste ciclo criam então um vício que por vezes nem com ajuda médica consegue superar. Com isto começam por ser excluídos da sociedade e caírem num abandono social. Simplesmente bebem para esquecer o mundo e terminam esquecidos pelo mundo.
Por todas estas razões e outras que ficaram por referir, devemos alertar os adolescentes para as consequências do álcool e da droga, sejam elas sociais ou de saúde. É importante salientar que para nos rirmos e divertirmos um pouco não precisamos de beber. Que para desempenharmos um papel importante no nosso grupo não precisamos de tomar estupefacientes que nos vão criar uma dependência mais tarde ou mais cedo, precisamos apenas de sermos nós.

Cristina Pinto *