domingo, 7 de setembro de 2008

Medo de viver... Ou medo de acordar?


Abri aquelas páginas em branco
E não sabia o que sentir....
Olhei o mar brando
E não sabia no que reflectir...

Olhei para o luar
E comecei a sorrir...

A noite amena,
As estrelinhas tinham acabado de dormir
E, naquela noite serena,
Começaram a cintilar
E a iluminar
As almas que não sabiam por onde ir...

Deitei-me naquele chão frio,
Naquele terraço iluminado,
E comecei a pensar
Se era mais um sonho falsificado.

Fechei os olhos em vão,
Tinha medo da solidão,
Medo de acordar
Envolvida pela escuridão.

Medo... aquele medo que consegue invadir
O nosso pobre coração
E que se for preciso
O deixa despedaçado pelo chão...

Medo...
Medo de perder
E de não reconquistar...
Medo de adormecer
E de não acordar...
Medo de dar
E de não receber...
Medo de amar
E de sofrer...

O medo pode comandar a vida...
O medo pode manter-me perdida
Nas ruas da imensidão
Da vitória esquecida...

Medo...
Há quem tenha medo de lutar,
Medo de arriscar...
Medo de tentar...

Porquê?

Isso ainda é uma questão
Sem solução...
Ou talvez, nós saibamos a resposta
Mas tenhamos medo de a desvendar...

Vale a pena ter medo de viver?
Vale a pena ter medo de perder?
Vale a pena ter medo de ser?

Vivemos rodeados de medo,
Mas isso não é uma obrigação...
É uma opção...

Temos medo de nos dar a conhecer,
Medo das partidas que o mundo nos possa fazer,
Medo de temer...

Medo de uma ida sem voltar,
Medo de que a saudade possa chegar...

Mas, rodeados de medo
Como poderemos da vida desfrutar?



JMF*10